UOL Esporte Futebol
 
06/11/2008 - 16h09

Palmeiras e Portuguesa defendem e admitem uso de mala branca

Guilherme Costa
Em São Paulo
A discussão surge a cada fase final de campeonato: é certo um clube fornecer incentivo financeiro a outro para vencer um concorrente? Para Palmeiras e Portuguesa, esse é um expediente normal no futebol. Tanto é que a equipe rubro-verde não rechaça receber um aporte do clube alviverde para vencer o São Paulo, rival do time do Parque Antarctica na luta pelo título do Brasileiro.

A Portuguesa jogará contra o São Paulo neste sábado, às 18h30, no Canindé. Além de afastar a equipe rubro-verde da zona de rebaixamento, uma vitória dificultaria a vida do clube tricolor, que tem 62 pontos e lidera a competição nacional.

"A direção fica fora disso, porque os jogadores ligam um para o outro e não tem como eu ficar sabendo. Não ficarei chateado se acontecer; vou ignorar. Todo mundo alega, mas nos vestiários da Portuguesa ninguém confirma", disse o presidente da equipe do Canindé, Manuel da Lupa, à rádio Jovem Pan.

Da Lupa ponderou que o uso de mala branca, jargão futebolístico para definir esse incentivo, é algo corriqueiro no futebol. Mas lembrou que seu time não precisa disso para vencer: "Eu não mandaria nenhum centavo para ninguém, até porque a Portuguesa só depende dela para se salvar. Não acho normal, mas é algo que acontece no futebol. Se os líderes jogarem com os últimos, os últimos vão dar tudo para ganhar independentemente do dinheiro".

Principal interessado em uma vitória da Portuguesa, o Palmeiras também admitiu o uso de mala branca na reta final do Brasileiro. Como tem 61 pontos, o time alviverde dependerá apenas de seus resultados para ser campeão se a equipe do Canindé triunfar contra o São Paulo.

"Isso existe há 500 anos, e é uma discussão que sempre aparece nessa fase. Todo mundo fala de mandar para lá ou para cá, e isso é algo eterno. Não sei se tem de mandar, se vamos mandar. Sei que existe, e pode ser certo ou errado, mas faz parte", defendeu o treinador Vanderlei Luxemburgo.

O comandante ainda tentou minimizar a importância do placar de sábado para a pretensão do Palmeiras no Campeonato Brasileiro: "Se a Portuguesa perder, precisamos ganhar do Grêmio. Se a Portuguesa ganhar, também precisamos ganhar. Não muda nada, e não adianta ficarmos pensando no que vai acontecer lá".

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