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Assim como aconteceu na partida contra o Vasco, o Botafogo mais uma vez vacilou nos acréscimos de um clássico. Neste domingo, no estádio do Engenhão, a equipe alvinegra cedeu o empate ao Fluminense aos 46 minutos do segundo tempo.
O resultado, que foi comemorado pelos tricolores como um título após a partida, só serviu mesmo pela garra demonstrada em campo. O Fluminense é o novo lanterna do Campeonato Brasileiro, com 26 pontos. Já o Botafogo vê o sonho de conquistar uma das vagas para a Copa Libertadores do ano que vem ficar complicada. Agora, o Alvinegro aparece em sexto lugar com 43 pontos. Na próxima rodada, o Botafogo enfrenta o Grêmio, no estádio Olímpico. O Fluminense terá uma missão difícil, pois enfrentará o Goiás, equipe com melhor desempenho no segundo turno da competição, na próxima quarta-feira, no Maracanã.
Ao contrário do que muitos imaginavam, o técnico alvinegro armou sua equipe com uma formação diferente. Sem poder contar com o lateral-esquerdo Triguinho, com o cabeça-de-área Diguinho e com o atacante Jorge Henrique, todos suspensos pelo terceiro cartão amarelo, o Botafogo apareceu com Luciano Almeida, Leandro Guerreiro e Zé Carlos, respectivamente, nos lugares dos desfalques. A mudança tirou a velocidade da saída de bola dos donos da casa, o que possibilitou ao Fluminense ter o domínio territorial. O Tricolor das Laranjeiras se aproveitou do fato de o meio-de-campo alvinegro não ter segurado a bola no setor. No entanto, apesar do maior domínio territorial, as duas equipes abusaram das rifadas de bola. A primeira chance de gol foi do Fluminense: o zagueiro Thiago Silva, com 4min, cobrou falta e a bola passou muito perto do ângulo direito do goleiro Castillo, que apenas olhou. O Botafogo sentiu a pressão. Logo depois, em função da fragilidade da marcação alvinegra e do pouco aproveitamento nos rebotes, Conca também arriscou de fora da área e quase marcou. Aos 22, foi a vez de Ciel. Mas dessa vez brilhou a estrela do goleiro Castillo. Ele salvou o Botafogo de levar o primeiro gol com a ponta dos dedos e colocou a bola para escanteio. Era questão de tempo o gol tricolor, certo? Errado. Após cobrança de falta rápida na intermediária do Fluminense, Lucio Flavio, aos 28 minutos, vai à linha de fundo e cruza na cabeça do apoiador Carlos Alberto. O camisa 19 do Botafogo cabeceia com estilo, de baixo para cima, e vence o goleiro Fernando Henrique. Daí em diante foi nítida a melhora do Botafogo, que procurou sair em velocidade nos contra-ataques. Tanto que aos 33, por intermédio de Zé Carlos que chutou uma bola na trave, o Botafogo quase fez o segundo. Nada muda Na etapa final, o técnico Ney Franco sacou o lateral-esquerdo Luciano Almeida e colocou Thiaguinho. Com isso, Zé Carlos foi para o setor e Thiaguinho, que era o camisa 2 titular, foi jogar no meio. Do outro lado, Cuca também percebeu que era necessário fazer uma alteração. Ele tirou o atacante Somália e colocou Allan na tentativa de ter o setor ofensivo com mais velocidade. A alteração de Cuca deu muito mais resultado, pois deu ao Fluminense mais movimentação. Já o Botafogo se viu prejudicado por causa do buraco no meio-de-campo. A pressão começou logo aos sete minutos do segundo tempo. Ciel foi lançado pela esquerda de ataque, entrou na área e chutou cruzado. Porém, ele pegou mal na bola e ela saiu em diagonal pela linha de fundo. No entanto, aos 16, o zagueiro Thiago Silva foi expulso erradamente pela arbitragem. O jogador tricolor deu um carrinho no apoiador Carlos Alberto, que ainda aproveitou e deu uma valorizada. Parecia que o Botafogo iria ter mais facilidade para equilibrar as ações. Mas o técnico Cuca colocou Tartá na equipe e Roger, este para reconstruir a defesa tricolor. Mesmo com um homem a menos o Fluminense continuou melhor durante a partida. No final do clássico, o apoiador Zé Carlos também foi expulso, mas a aplicação deste cartão foi justa em função do exagero de força na jogada. A insistência deu resultado. Aos 46 minutos, já nos acréscimos, o zagueiro Edcarlos tentou duas vezes antes de empatar a partida. Ele se esticou todo para complementar um cruzamento da direita, a bola passou por ele, mas, na seqüência, Júnior César cruzou rasteiro da esquerda e o zagueiro completou para o gol. Mais uma vez a equipe do Botafogo saiu de campo vaiada, e os jogadores do Fluminense quase que deram volta olímpica no Engenhão para comemorar o ponto conquistado. BOTAFOGO 1 X 1 FLUMINENSE BOTAFOGO: Castillo, Thiaguinho, Renato Silva, André Luis e Luciano Almeida (Thiaguinho); Leandro Guerreiro, Túlio (Eduardo), Lucio Flavio e Zé Carlos; Carlos Alberto (Fábio) e Wellington Paulista Técnico: Ney Franco FLUMINENSE: Fernando Henrique, Carlinhos (Tartá), Edcarlos, Thiago Silva e Junior César, Romeu, Arouca, Conca e Ciel (Roger), Maicon e Somália (Allan) Técnico: Cuca Data: 28/09/2008 (Domingo) Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ) Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (RJ) Auxiliares: Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ) e Wágner de Almeida Santos (RJ) Cartões amarelos: Luciano Almeida, Thiaguinho, Carlos Alberto e Wellington Paulista (BOT); Maicon e Tartá (FLU) Cartões vermelhos: Thiago Silva, (FLU) e Zé Carlos (BOT) Público: 12.564 torcedores Renda: R$ 180.865 Gols: Carlos Alberto, aos 28 minutos do primeiro tempo (BOT); Edcarlos, aos 46min do segundo tempo (FLU) UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |