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Atlético-MG e Figueirense, que tinham sofrido 100 gols antes de a bola rolar no Mineirão, na noite deste sábado, não passaram de um empate, em 0 a 0, um resultado inesperado e que não pode ser comemorado por nenhum dos times. A expectativa é que os dois clubes, não apenas pela fragilidade de seus sistemas defensivos, mas também pela necessidade de ganhar, fizessem um jogo com muitos gols.
Apesar do tropeço contra o Figueirense, o alvinegro mineiro se manteve na 12ª posição, com 34 pontos, independente do que acontecer no complemento da 27ª rodada, neste domingo. O time atleticano está a cinco pontos do Internacional, o 11º colocado, e também não pode ser alcançado por Náutico e Santos, que estão atrás dele, e têm 29 pontos. Já o Figueirense atingiu seu sétimo jogo consecutivo sem vitória. Foi a segunda partida sob o comando do técnico Mário Sérgio, que substituiu a Paulo César Gusmão e estreou na derrota para o Cruzeiro, principal rival atleticano, por 4 a 3, domingo passado. Antes dos compromissos com os mineiros, o time catarinense tinha sido derrotado por Coritiba, Vitória, Goiás, Flamengo e Sport. O Figueirense entrou no gramado do Mineirão com 55 gols sofridos, na condição de pior defesa do Brasileirão. Já o Atlético-MG havia levado 45 gols, 10 a menos e totalizando 100 bolas nas redes dos dois clubes. O jogo deste sábado, no Mineirão, no entanto, não teve gols em função não apenas da forte marcação organizadas por Mário Sérgio e Marcelo Oliveira, mas, principalmente, pela deficiência ofensiva dos dois lados.
Para o Atlético-MG o empate em casa pode agravar os momentos de incertezas fora de campo, já que o clube está sendo dirigido interinamente pelo presidente do Conselho Deliberativo, João Batista Ardizoni, após a renúncia de Ziza Valadares e dos seus quatro vice-presidentes, além de viver o início de um clima eleitoral, com candidaturas sendo comentadas antes mesmo da convocação oficial do pleito. Como o alvinegro está em seu centenário, houve homenagens antes do início do jogo a ex-jogadores ainda vivos e familiares dos ex-atletas já falecidos, que integraram os times de conquistas na década de 50. Receberam placas, medalhas e camisas comemorativas, os integrantes da equipe campeã do gelo, em 1950, e do pentacampeonato mineiro de 1952 a 56. A festa alvinegra não chegou ao campo. No primeiro tempo, aproveitando-se do posicionamento excessivamente defensivo do Figueirense, o domínio foi do Atlético-MG, que levava perigo quando usava as extremas, especialmente o lado esquerdo, com Marques e César Prates. Apesar disso, o goleiro Wilson não teve muito trabalho, já que as finalizações estavam sem pontaria. O time catarinense, por sua vez, pouco atacou. Prova disso é que seu primeiro escanteio aconteceu aos 43min. Apesar de ter maior posse de bola e ter atacado muito mais, a melhor defesa na etapa inicial foi do goleiro Juninho, em cabeçada de Bruno Santos, aos 16min. O Atlético-MG voltou com a mesma formação para o segundo tempo, enquanto Mário Sérgio trocou Bruno Santos pelo também atacante Wellington Amorim. A equipe visitante modificou também a sua postura, arriscando-se mais no ataque, tentando tirar proveito da situação. Com oito minutos, boa parte da torcida atleticana pedia a entrada de Petkovic. Aos 10min, Marcelo Oliveira atendeu o clamor popular e colocou o meia sérvio no lugar de Márcio Araújo, promovendo também a entrada do boliviano Castillo no lugar de Lenílson, que demonstrou não ter gostado de ser substituído, reclamando do treinador. Apesar das duas mudanças o jogo seguiu difícil para os mandantes, sofrendo freqüentes contra-ataques dos visitantes. Por volta dos 25min, o volante Serginho foi substituído por Elton. O jogador titular, que no intervalo havia feito uma pequena sutura no queixo, deixou o gramado um pouco tonto e "com sinais de desorientação", de acordo com o médico Rodrigo Lasmar, que o encaminhou para o Hospital Mater Dei, para uma avaliação mais detalhada. Em campo, o jogo ficou dramático para o Atlético, que além de não conseguir chegar ao seu gol, era pressionado pelo Figueirense. Atlético-MG Juninho; Mariano, Marcos, Leandro Almeida e César Prates; Rafael Miranda, Serginho (Elton), Márcio Araújo (Petkovic) e Renan Oliveira; Marques e Lenílson (Castillo) Técnico: Marcelo Oliveira Figueirense Wilson; Alex, Gomes e Asprilla; Diogo, Magal, Marquinho, Cleiton Xavier e Alex Cazumba; Ramon (Jackson) e Bruno Santos (Wellington Amorim) Técnico: Mário Sérgio. Data: 27/9/2008 - sábado Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG) Público: 19.239 pagantes Renda: R$ 92.655 Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ/Fifa) Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ/Fifa) e Dibert Pedrosa Moisés (RJ/Fifa) Cartões amarelos: Cleiton Xavier (Figueirense); Rafael Miranda, Leandro Almeida (Atlético-MG) UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |