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27/09/2008 - 20h15

Atlético-MG e Figueira, que já levaram 100 gols, não saem do 0 a 0

Do UOL Esporte
Em Belo Horizonte
Atlético-MG e Figueirense, que tinham sofrido 100 gols antes de a bola rolar no Mineirão, na noite deste sábado, não passaram de um empate, em 0 a 0, um resultado inesperado e que não pode ser comemorado por nenhum dos times. A expectativa é que os dois clubes, não apenas pela fragilidade de seus sistemas defensivos, mas também pela necessidade de ganhar, fizessem um jogo com muitos gols.

VEJA OS MELHORES MOMENTOS DO JOGO
Não foi o que se viu. Os ataques conseguiram ser menos eficientes que as defesas e quando as chances eram criadas as finalizações deixavam a desejar. O Atlético-MG, que planejava conquistar nove pontos em seus três últimos jogos, disputados em território mineiro, conseguiu apenas quatro, já que havia perdido para o Ipatinga e vencido o Náutico, por 2 a 1, há uma semana.

Apesar do tropeço contra o Figueirense, o alvinegro mineiro se manteve na 12ª posição, com 34 pontos, independente do que acontecer no complemento da 27ª rodada, neste domingo. O time atleticano está a cinco pontos do Internacional, o 11º colocado, e também não pode ser alcançado por Náutico e Santos, que estão atrás dele, e têm 29 pontos.

Já o Figueirense atingiu seu sétimo jogo consecutivo sem vitória. Foi a segunda partida sob o comando do técnico Mário Sérgio, que substituiu a Paulo César Gusmão e estreou na derrota para o Cruzeiro, principal rival atleticano, por 4 a 3, domingo passado. Antes dos compromissos com os mineiros, o time catarinense tinha sido derrotado por Coritiba, Vitória, Goiás, Flamengo e Sport.

O Figueirense entrou no gramado do Mineirão com 55 gols sofridos, na condição de pior defesa do Brasileirão. Já o Atlético-MG havia levado 45 gols, 10 a menos e totalizando 100 bolas nas redes dos dois clubes. O jogo deste sábado, no Mineirão, no entanto, não teve gols em função não apenas da forte marcação organizadas por Mário Sérgio e Marcelo Oliveira, mas, principalmente, pela deficiência ofensiva dos dois lados.

PRINCIPAIS LANCES DO JOGO
ALEX DE JESUS/O TEMPO/AE
Os mineiros jogaram em casa, mas não conseguiram tirar o marcador do zero
PRIMEIRO TEMPO
12min - Marques e César Prats tabelaram pela esquerda, o lateral cruzou bem, Mas Lenílson errou o voleio, pegando fraco na bola e facilitando a defesa do goleiro Wilson.
16min - Contra-ataque rápido do Figueirense, Marquinhos, pela direita, cruzou de perna esquerda e Bruno Santos cabeceou no cantinho, obrigando o goleiro Juninho a difícil defesa.
25min - Outra boa jogada pela esquerda do ataque atleticano. Renan Oliveira serviu a César Prates, que cruzou e Lenílson cabeceou para fora.
28min - Deslocado pela direita do ataque do Atlético-MG, Marques fez boa jogada individual, entrou na área do Figueirense, mas no momento de finalizar tocou mal na bola. Ele não chutou e bem cruzou.
SEGUNDO TEMPO
5min - Passe de Alex Kazumba para Wellington Amorim, mas o goleiro Juninho saiu abafando na hora do chute.
9min - Cleiton Xavier recebe pelo lado esquerdo do ataque, mas, em vez de cruzar ele chuta e Juninho defende para escanteio.
25min - Renan Oliveira cruza fechado, a bola passa pelo goleiro Wilson, que quase foi enganado, e Castillo não consegue desviar a bola, que vai para fora.
34min - Petkovic cobra falta para dentro da área, Leandro Almeida escora de cabeça e Castillo completa para a defesa do goleiro Wilson, do Figueirense.
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TABELA DO BRASILEIRÃO
Com o empate, o time catarinense continua na 15ª colocação, com 29 pontos, mas pode terminar a 27ª rodada na zona de rebaixamento. O Figueirense corre risco de ser ultrapassado por Atlético-PR (27 pontos), Vasco e Portuguesa (ambos com 26), desde que vençam Coritiba, Ipatinga e Santos. Na próxima rodada, a equipe de Santa Catarina enfrenta o Vasco, no próximo sábado.

Para o Atlético-MG o empate em casa pode agravar os momentos de incertezas fora de campo, já que o clube está sendo dirigido interinamente pelo presidente do Conselho Deliberativo, João Batista Ardizoni, após a renúncia de Ziza Valadares e dos seus quatro vice-presidentes, além de viver o início de um clima eleitoral, com candidaturas sendo comentadas antes mesmo da convocação oficial do pleito.

Como o alvinegro está em seu centenário, houve homenagens antes do início do jogo a ex-jogadores ainda vivos e familiares dos ex-atletas já falecidos, que integraram os times de conquistas na década de 50. Receberam placas, medalhas e camisas comemorativas, os integrantes da equipe campeã do gelo, em 1950, e do pentacampeonato mineiro de 1952 a 56.

A festa alvinegra não chegou ao campo. No primeiro tempo, aproveitando-se do posicionamento excessivamente defensivo do Figueirense, o domínio foi do Atlético-MG, que levava perigo quando usava as extremas, especialmente o lado esquerdo, com Marques e César Prates. Apesar disso, o goleiro Wilson não teve muito trabalho, já que as finalizações estavam sem pontaria.

O time catarinense, por sua vez, pouco atacou. Prova disso é que seu primeiro escanteio aconteceu aos 43min. Apesar de ter maior posse de bola e ter atacado muito mais, a melhor defesa na etapa inicial foi do goleiro Juninho, em cabeçada de Bruno Santos, aos 16min.

O Atlético-MG voltou com a mesma formação para o segundo tempo, enquanto Mário Sérgio trocou Bruno Santos pelo também atacante Wellington Amorim. A equipe visitante modificou também a sua postura, arriscando-se mais no ataque, tentando tirar proveito da situação. Com oito minutos, boa parte da torcida atleticana pedia a entrada de Petkovic.

Aos 10min, Marcelo Oliveira atendeu o clamor popular e colocou o meia sérvio no lugar de Márcio Araújo, promovendo também a entrada do boliviano Castillo no lugar de Lenílson, que demonstrou não ter gostado de ser substituído, reclamando do treinador. Apesar das duas mudanças o jogo seguiu difícil para os mandantes, sofrendo freqüentes contra-ataques dos visitantes.

Por volta dos 25min, o volante Serginho foi substituído por Elton. O jogador titular, que no intervalo havia feito uma pequena sutura no queixo, deixou o gramado um pouco tonto e "com sinais de desorientação", de acordo com o médico Rodrigo Lasmar, que o encaminhou para o Hospital Mater Dei, para uma avaliação mais detalhada. Em campo, o jogo ficou dramático para o Atlético, que além de não conseguir chegar ao seu gol, era pressionado pelo Figueirense.

Atlético-MG
Juninho; Mariano, Marcos, Leandro Almeida e César Prates; Rafael Miranda, Serginho (Elton), Márcio Araújo (Petkovic) e Renan Oliveira; Marques e Lenílson (Castillo)
Técnico: Marcelo Oliveira

Figueirense
Wilson; Alex, Gomes e Asprilla; Diogo, Magal, Marquinho, Cleiton Xavier e Alex Cazumba; Ramon (Jackson) e Bruno Santos (Wellington Amorim)
Técnico: Mário Sérgio.

Data: 27/9/2008 - sábado
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 19.239 pagantes
Renda: R$ 92.655
Árbitro: Djalma José Beltrami Teixeira (RJ/Fifa)
Assistentes: Hilton Moutinho Rodrigues (RJ/Fifa) e Dibert Pedrosa Moisés (RJ/Fifa)
Cartões amarelos: Cleiton Xavier (Figueirense); Rafael Miranda, Leandro Almeida (Atlético-MG)

Hospedagem: UOL Host