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A tarefa não era das mais fáceis para evitar o fiasco de ser eliminado na primeira fase da Eurocopa-08. Superar um rival que havia enfrentado na decisão do último Mundial e "secar" uma Romênia que dependia apenas de si para se classificar. Esse era o objetivo em comum de Itália e de França, no duelo em Zurique. Assim como ocorreu na Copa-06, os italianos levaram a melhor. Desta vez, derrotaram os franceses por 2 a 0. Não bastasse isso, contaram com uma ajuda do time reserva da já classificada Holanda, que superou a Romênia, pelo mesmo placar, em Berna. Com isso, evita um novo vexame e fica com a segunda vaga do "grupo da morte" para a fase quartas-de-final.
Para os italianos, a classificação é um alívio. Apesar de estar no grupo considerado o mais difícil da competição, chegou com status de atual campeã mundial. Mas não conseguiu comprovar esse aparente favoritismo nas duas primeiras partidas --derrota para a Holanda e empate contra a Romênia. Mostrou qualidade apenas no duelo contra os franceses e, desta forma, não repetiu o fiasco de quatro anos atrás, em Portugal. Na ocasião, parou na primeira fase num grupo que tinha Suécia e Dinamarca. A classificação italiana também encerra qualquer tipo de especulação sobre uma possível "armação" no jogo da Holanda para favorecer o elenco romeno, que dependia apenas de uma simples vitória para se classificar. Com a vaga assegurada para a próxima fase, o técnico Marco Van Basten entrou em campo com apenas dois titulares --Boulahrouz e Engelaar-- em comparação com a equipe que iniciou a partida contra os italianos. Mesmo assim, venceu por 2 a 0. Já o elenco do time treinado por Raymond Domenech frustra sua torcida e mostra limitações na primeira competição sem a participação do meia Zidane, que se aposentou do futebol logo após a perda do título do Mundial da Alemanha. Aliás, a equipe francesa, dona de dois títulos europeus, não sabia o que era ser eliminada logo no início da fase final do torneio europeu desde a edição de 1992. Italianos dominam desde o início Itália e França se viram obrigados a "esquecer" a partida da Romênia. E os atuais campeões mundiais entraram decididos a fazer sua parte. Foram bem mais perigosos. Aos 4min, por exemplo, Luca Toni dominou e, de frente para o gol, arrisca de fora da área. A bola passa à direita do gol de Coupet. Seis minutos depois, Makelele salva em cima da linha. A pressão era grande. A França sequer conseguia chegar ao ataque. Não bastasse isso, perdeu seu principal articulador, Ribéry, contundido no começo do confronto. De tanto insistir, a Itália abriu o marcador. Aos 23min, Luca Toni foi derrubado por Abidal dentro da área. O juiz marcou pênalti e ainda expulsou o francês. Pirlo cobrou e deixou os italianos mais próximos da vaga. Mesmo com um a menos e em desvantagem no marcador, o time comandado por Raymond Domenech decidiu buscar o empate. Não conseguiu e ainda quase sofreu o segundo, ainda na etapa inicial. Aos 43min, Grosso acertou uma cobrança de falta na trave de Coupet. O panorama não mudou muito no segundo tempo, principalmente após o gol da Holanda, em Berna. A Itália se manteve empolgada e chegou ao seu segundo, aos 17min. De Rossi cobrou falta, mas a bola desviou em Henry e atrapalhou o goleiro Coupet. 2 a 0. Reservas holandeses mostram competência Os romenos entraram em campo dependendo de si. Mas criaram bem pouco para uma equipe que jogava diante dos reservas da Holanda. Para se ter idéia, seu primeiro lance perigoso ocorreu somente aos 23min, num chute cruzado de Mutu. Para piorar, a Holanda era perigosa. Aos 32min, Huntelaar bateu por cima. A tensão tomou conta da Romênia, principalmente após saber do primeiro gol da Itália. Ficou nervosa e ainda viu Huntelaar abrir o placar para os holandeses, logo aos 9min da etapa final. O que era ruim ficou ainda pior, com segundo tento italiano. A partir daí, a equipe comandada por Victor Piturca praticamente desistiu de buscar uma virada histórica. Além disso, Van Persie, aos 43min, ampliou para o time holandês. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |