!
A empolgação da fiel massa corintiana é tamanha que gera lucro até para um de seus maiores rivais, o São Paulo. O valor cobrado pelo aluguel do estádio ao Corinthians deverá ser suficiente para cobrir todo o gasto do clube do Morumbi com os salários do atacante Adriano, seu principal reforço em 2008, pelos seis meses de duração do contrato do atleta.
Com o aumento dos preços nas bilheterias para a final de quarta-feira, que não tem mais entradas à venda, a projeção do São Paulo é que a soma dos aluguéis supere R$ 1 milhão. É pouco mais que o valor desembolsado pelo São Paulo na remuneração de Adriano _jogador emprestado, que tem a maior parte de seus vencimentos oriundos da Inter de Milão. O valor já gasto pelo Corinthians nos aluguéis corresponde a 9,6% da arrecadação bruta do São Paulo nos 18 jogos que o time mandou no Morumbi. E, nem assim, o time do Parque São Jorge pode se considerar "em casa" quando aluga o estádio são-paulino. Na segunda partida da semifinal da Copa do Brasil, por exemplo, cerca de 50 pessoas da diretoria e do conselho corintianos foram impedidos de passar do setor de numeradas ao de cativas do Morumbi por um funcionário do São Paulo. E houve bate-boca entre eles. O jogo de quarta-feira será o 15º do Corinthians no Morumbi. Em toda a temporada passada, o time mandou nove confrontos lá. A presença mais freqüente _e o conseqüente pagamento de aluguéis_ do Corinthians no Morumbi neste ano é calcada em três fatores: a inédita queda para a Série B, a capacidade do estádio e superstição. A primeira causa é o adiamento da obra de reforma do Pacaembu. Em 2007, a prefeitura manteve aberta "a casa corintiana" até o fim do Brasileiro, na torcida pelo time escapar da degola. Não adiantou, e o Corinthians ficou desalojado no Campeonato Paulista _o estádio municipal foi reaberto há menos de um mês. A capacidade do Morumbi é um fator econômico que pesou na decisão de o Corinthians adotá-lo como casa em 2008. Além de o estádio comportar quase o dobro da lotação do Pacaembu, apesar do gasto com aluguel, proporcionalmente sai mais barato atuar lá que no campo da prefeitura (onde os gastos são parecidos, mas a arrecadação é bem inferior). O outro fator é a partida apontada por dirigentes e atletas como o divisor de águas da trajetória corintiana na temporada ter acontecido no Morumbi: os 4 a 0 sobre o Goiás, nas oitavas da Copa do Brasil. Melhor para o time, que vê no palco um trunfo. "Ajuda muito o empenho do torcedor, que está comparecendo em massa, o que acontece porque a gente está correspondendo aos anseios da arquibancada", disse o zagueiro e capitão William. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |