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Poder me tornar um jogador profissional e ter começado em um clube como o Atlético, que sempre foi muito conhecido e é tradicional. Isso sem dúvida foram as minhas grandes felicidades no esporte Sérgio Araújo de Melo, ex-ponta-direita do Atlético-MG, que está se iniciando na carreira de técnico de futebol, comandando o time júnior do Villa Nova |
Sérgio Araújo de Melo 12/09/1964 Timóteo-MG Times - Atlético-MG (80-88) - Flamengo (88-89) - Fluminense (89) - Vasco da Gama (90) - Grêmio (91) - Guarani (92) - Ponte Preta (93) - Vitória de Setúbal (94) - XV de Piracicaba-SP (95) - América de São José do Rio Preto-SP (96-97) - Inter de Limeira-SP (98) - Villa Nova-MG (99) - Serra-ES (2000) Títulos - Mineiro (80,81,82,83,85,86,88, Atlético-MG) - Taça Rio (90, Vasco) - Gaúcho (91, Grêmio) - Pré-Olímpico (87, Seleção Brasileira) |
Bernardo Lucas, do Pelé.Net BELO HORIZONTE - Ex-ponta do Atlético-MG, onde marcou seu nome na história do clube na década de 80, Sérgio Araújo, que já defendeu outros times importantes do futebol brasileiro, como Flamengo, Vasco, Fluminense e Grêmio, assumiu este ano o comando da equipe de juniores do Villa Nova. O ex-atleta encara esse desafio, recentemente assumido, como passo fundamental para consolidar sua carreira de técnico.
Sérgio Araújo ficou dois anos à frente do time profissional do Operário, do Mato Grosso. A boa passagem pela equipe daquele estado motivou o convite para assumir o júnior do Villa Nova, no ano em que o clube de Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, comemora o seu centenário. Para o ex-jogador, que viveu o auge de sua carreira, na década de 80 no Atlético-MG, a troca de um time profissional por uma outra, de categoria de base, não pode ser considerada nunca como um retrocesso. "Acredito que a oportunidade que o Villa está me dando é muito importante. É o que todo treinador precisa e estou muito feliz em poder assumir o comando da divisão de base da equipe que tem planos ambiciosos", observou Segundo ele, um bom trabalho à frente dos juniores do Villa Nova servirá para lhe abrir as portas para um time profissional de um clube em um grande centro do futebol brasileiro. "Quero mostrar que tenho condições de poder ser treinador profissional e poder fazer um bom trabalho nesta equipe que me der uma oportunidade", disse o ex-jogador, que atou por 13 clubes do futebol brasileiro e internacional. A expectativa de Sérgio Araújo é que o seu time conquiste a Taça Belo Horizonte da categoria, disputada no meio do ano. "Estamos ainda no início do nosso trabalho, há apenas um mês no comando do time júnior, mas temos planos ambiciosos, de podermos rivalizar com Atlético, Cruzeiro e América e poder, quem sabe, conquistar bons resultados e por que não uma classificação para a Taça São Paulo", salientou. Jogador que aliava boa técnica com muita velocidade, além de demonstrar garra e amor pela camisa dos clubes que defendeu, Sérgio Araújo revelou que adota o mesmo estilo dos gramados fora das quatro linhas. "Cobro muito dos meus jogadores. Cobro principalmente garra, dedicação, amor pela camisa que está vestindo e seriedade. Isso é o mais importante para que o trabalho dê certo", ressaltou. Bons professores Sérgio Araújo revelou que se inspira em alguns dos grandes treinadores da história do futebol brasileiro, com os quais trabalhou como jogador. Telê Santana, treinador do Atlético-MG, São Paulo e Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 86, é apontado por ele como o maior de todos. "Posso citar vários grandes treinadores que tive a oportunidade de conviver. Teve o mestre Telê Santana, o Zagallo, Procópio Cardoso, Abel Braga, Parreira, entre outros, que ajudaram a me desenvolver como atleta. Quando comecei a trabalhar como treinador comecei a juntar tudo que achava de melhor destes grandes nomes e hoje me espelho neles", revelou Sérgio Araújo. Ídolo da torcida do Atlético-MG na década de 80 onde atuou por nove anos, Sérgio Araújo revelou sentir um pouco de mágoa por nunca ter tido oportunidade de treinar uma equipe da categoria de base da equipe mineira. "Tantos outros treinadores, que não tinham história nenhuma no clube treinaram por longo tempo as divisões de base do clube e tantos outros com maior história nunca tiveram uma oportunidade", reclamou. Ele revela que conversou várias vezes com dirigentes atleticanos para ter uma oportunidade de comandar a equipe júnior do clube mineiro, sem conseguir resposta favorável. "Sempre mantive contatos para tentar poder treinar alguma categoria do Atlético, mas nunca consegui", disse Sérgio Araújo, que ainda acredita nessa possibilidade. "Devo muito ao clube, que me projetou para o futebol. Tenho muito carinho pelo clube e pela torcida, e seria uma honra um dia ter essa oportunidade tão esperada", frisou. |