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Kaká precisou driblar muitos adversários e obstáculos até ser eleito nesta segunda-feira o melhor jogador do mundo pela Fifa. O meia-atacante do Milan, que faturou ainda em 2007 a Bola de Ouro da revista France Football, além dos títulos da Liga dos Campeões e Mundial de Clubes, superou um grave acidente e até mesmo o rótulo de "pipoqueiro", quando ainda defendia o São Paulo. Em 2000, aos 18 anos, quase teve a carreira comprometida ao fraturar a sexta vértebra em um tobogã. Kaká já era sócio e promessa das categorias de base do Tricolor. De família de classe média, o jogador também lidou com o preconceito dos companheiros de clube e da própria torcida. Apesar do início fulminante - brilhou na final do Rio-São Paulo, em 2001, contra o Botafogo (marcou dois gols), Kaká seria apontado como um dos responsáveis pela escassez de taças de "peso" do São Paulo à época. Nem mesmo o título do Supercampeonato Paulista de 2002 e a participação na campanha do pentacampeonato com a seleção brasileira, de Luiz Felipe Scolari, no Japão e Coréia, tranqüilizaram os fanáticos torcedores. "Isso é normal. Eles não estão satisfeitos e cobram. Sou jovem e tenho muita coisa para aprender. As vaias fazem parte e é preciso saber lidar com a situação. Vai ser bom para a minha carreira. Grandes jogadores passaram por situações ruins, deram a volta e se firmaram como craques. Aconteceu com o Ronaldo e com o Rivellino", disse ao jornal Folha de São Paulo, quando ainda era franzino, antes do processo de fortalecimento muscular. O estopim da crise veio em 2003. Chamado de "Barbie" e "pipoqueiro" após atuações apagadas, além de contusões e convocações para a seleção sub-20 que o afastaram da equipe titular, Kaká viu no assédio italiano uma ótima oportunidade para recomeçar. Abriu mão dos 15% a que teria direito e viabilizou sua transferência, por US$ 8,5 milhões líquidos. Pelo Milan, em 2004, garantiu a Supercopa Italiana e o Italiano. Caiu na disputa da Liga dos Campeões em 2005 e 2006, mas deu a volta por cima em 2007, sendo o destaque do Milan e artilheiro da competição. Em dezembro do mesmo ano, o título do Mundial de Clubes. Pela seleção brasileira, levou a Copa das Confederações em 2005, mas não brilhou na Copa do Mundo de 2006, também na Alemanha. Com Dunga no lugar de Carlos Alberto Parreira, amargou a "geladeira" nos primeiros jogos, mas retornou na seqüência e é atualmente o principal destaque do time, sendo o vice-artilheiro das eliminatórias sul-americanas. UOL Busca - Veja o que já foi publicado com a(s) palavra(s) |