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Há quase dois anos o Ministério Público Estadual pede à Justiça a interdição do estádio Octávio Mangabeira. Em janeiro de 2006, a promotora Joseane Suzart ingressou com uma ação civil contra Esporte Clube Bahia e Superintendência de Desportos da Bahia (Sudesb) requerendo a cassação do alvará de funcionamento da Fonte Nova.
Segundo a promotoria, os dois estádios apresentam problemas no sistema de proteção contra incêndio e sanitários em péssimas condições de higiene, mas foi justamente as precárias instalações estruturais, como infiltrações ao redor da Fonte Nova, que mais chamaram a atenção. "Somente a Justiça pode responder porque a ação não teve o seu andamento regular", argumenta o promotor Nivaldo Aquino, encarregado de acompanhar o inquérito policia aberto na 6ª Circunscrição Policial (CP), em Brotas, para apurar as responsabilidades pelas mortes de sete torcedores do Bahia durante a partida deste domingo, contra o Vila Nova. "Apenas depois da conclusão do inquérito é que vamos ver que medidas tomar, embora seja visível que houve omissão do órgão responsável pela manutenção do estádio", diz Aquino, referindo-se à Sudesb, dirigida pelo ex-jogador Raimundo Nonato, o Bobô. Segundo o promotor, o inquérito não tem prazo de conclusão e será baseado nos depoimentos de testemunhas e sobreviventes do acidente, representantes legais da Sudesb, Federação Bahiana de Futebol (FBF) e Esporte Clube Bahia, além do laudo pericial que está sendo feito no local do acidente. |