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Comecei a enfrentar problemas contratuais no final da carreira. Era difícil receber e preferi parar. Me afastei do futebol naturalmente Henrique, ex-xerifão do Corinthians e agora "homem de família" |
Henrique Arlindo Etges 15/03/1966 Venâncio Aires-RS Times - Grêmio (83 a 88) - Portuguesa (88 a 90) - União São João (90 a 91) - Corinthians (92 a 98) - Seleção (93) - Verdy Kawasaki-Japão (98 a 99) - Botafogo-SP (99) Títulos - Tetra gaúcho (85 a 88) - Mundial de juniores (85) - Paulista (95 e 97) - Copa do Brasil (95) |
Bruno Thadeu, especial para o Pelé.Net SANTOS - O longo período dedicado ao futebol fez com que Henrique Etges, 41, largasse sua rotina tranqüila em Venâncio Aires (127 km de Porto Alegre), se distanciando também da família. Aposentado dos campos desde 1999, aos 33, quando defendeu o Botafogo-SP, o ex-zagueiro tenta recuperar o tempo perdido e curte sua vida longe da bola viajando com os familiares e priorizando o sossego. "Está tudo muito bom. Voltei para a minha cidade natal e estou muito tranqüilo com a minha família", contou Henrique ao Pelé.Net.
Com tempo livre de sobra, Henrique cuida de seu rebanho. "Tenho alguns bichinhos no campo. Uns cavalos, uns bezerrinhos, bois, vacas, carneiros. Comecei a enfrentar problemas contratuais no final da carreira. Era difícil receber e preferi parar. Me afastei do futebol naturalmente". Além de imóveis, Henrique cede uma área para o armazenamento do fumo, um dos principais produtos agrícolas do interior gaúcho. "Venâncio Aires é conhecida pela tradição no cultivo do fumo. Eu apenas guardo o produto pertencente a outros fazendeiros", informa. Para não ficar totalmente desatualizado do mundo futebolístico, Henrique costuma retornar a São Paulo aos finais de ano para rever seus ex-colegas de clube, entre os quais os também defensores Marcelo Djian, atualmente agente de futebol, e Célio Silva, que inicia carreira como treinador. Mesmo afastado do futebol, Henrique não dá por encerrado seu ciclo no esporte. "Uma vez por ano eu dou uma passada em São Paulo para reencontrar os amigos e conversar sobre futebol. Não digo que descarto ser treinador, mas no momento não está nos meus planos. Não sei se eu viverei sempre dos imóveis que adquiri no Sul". Vendo de longe toda a turbulência em que vive o Corinthians, ameaçado pelo rebaixamento e atravessando grave crise interna, o ex-zagueiro do clube evita se aprofundar nos temas, mas salienta que no Corinthians não existe dia tranqüilo. "Agora a situação está mais feia, mas todo clube grande é assim. Você tem que saber superar esses problemas, principalmente no Corinthians, onde tudo ganha dimensão". |