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02/08/2007 - 18h47

Atacante Dodô é absolvido da acusação de doping pelo STJD

Vinícius Barreto Souto
No Rio de Janeiro
O atacante Dodô, do Botafogo, foi absolvido, nesta quinta-feira, pelo Tribunal Pleno do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) da acusação de doping. Assim, o jogador, que no primeiro julgamento fora condenado a 120 de suspensão, está liberado para voltar a atuar pelo clube carioca no Campeonato Brasileiro.

ENTENDA O CASO
O atacante Dodô foi indiciado por infringir o artigo 244 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva), que rege as regras de doping. O exame antidoping a que foi submetido depois da partida entre Botafogo e Vasco, no dia 14 de junho, deu positivo para a substância proibida femproporex, fato confirmado pelo resultado da contraprova, liberado no dia 9 de julho, que provocou a sua suspensão preventiva por 30 dias

No primeiro julgamento a denúncia da promotoria do STJD foi avaliada pela Segunda Comissão disciplinar do tribunal, composta por cinco auditores que, de modo unânime, aplicou a pena mínima prevista ao atleta. Agora, ele foi julgado pelo Tribunal Pleno, composto por nove auditores.

Em 24 de julho, os auditores invocaram a tese da responsabilidade objetiva, ou seja, que independente da intenção ou não do atleta em se dopar, ele é responsável por tudo o que ingere e, por conseqüência, pelos danos que venha a sofrer, para condenar Dodô. Entretanto, desta vez, a teoria foi desconsiderada pelos votantes.
"Já posso ficar mais tranqüilo. Graças a Deus a verdade prevaleceu. Estou feliz e muito contente. Agora é vestir a camisa do Botafogo novamente", disse Dodô, que já pode ser escalado neste domingo, no duelo contra o Paraná, em Curitiba, depois de 25 dias suspenso.

"Para ser sincero nem pensei ainda se vou jogar. O importante é que foi feita justiça. É muito ruim ser julgado por algo que você não fez", completou o centroavante.

A sessão foi comandada pelo presidente do STJD, Rubens Aprobatto. Inicialmente, ocorreu a leitura do relatório do caso pelo relator Alexandre Quadros, que incluiu a transcrição de alguns depoimentos da primeira sessão, inclusive o do jogador. Em seguida, o defensor do jogador, Carlos Portinho, falou à audiência, seguido pelas considerações gerais do procurador, Paulo Schmidt.

Os auditores votaram ao final das exposições verbais e, por cinco votos a três, decidiram apoiar o recurso impetrado pela defesa de Dodô e revogar a decisão da Segunda Comissão Disciplinar, após mais de quatro horas de discussão.

"Fico feliz pelo resultado. É um momento de reflexão sobre a responsabilidade objetiva. Esse julgamento pode ser um marco, porque foi espancada a tese da responsabilidade objetiva", disse Carlos Portinho.

Dodô esteve acompanhado de sua esposa, Tatiana, do presidente do clube, Bebeto de Freitas, e do vice-presidente de futebol do mesmo, Carlos Augusto Montenegro.

"Havia uma agonia muito grande de ver um inocente sendo condenado. O Dodô não merecia essa marca. Graças a Deus ele foi absolvido. Isso vale mais do que qualquer vitória", comemorou Montenegro.

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