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Desempregado desde que deixou o Fluminense, em abril - após a pior campanha da história do clube no Campeonato Estadual do Rio -, o técnico Joel Santana está cheio de "gás" para voltar a trabalhar. Tanto que, ao apresentar-se ao Flamengo, o treinador prometeu "ralar" muito para tentar tirar a equipe da penúltima posição deste Campeonato Brasileiro.
"Tudo será analisado. Vamos conviver com os profissionais e tomar decisões para ontem. Já traçamos a primeira semana de trabalho. Teremos três dias de treinos em tempo integral para conhecer o grupo", continuou. Antes de reassumir o comando do Flamengo - time que já havia dirigido em 1996, 1998 e 2005 -, Joel Santana conversou com seu antecessor, Ney Franco. Segundo o atual treinador rubro-negro, o diálogo foi proveitoso, já que o ex-técnico lhe deixou a par dos principais problemas do elenco. "Vamos esperar. Estou chegando agora para conhecer o grupo. Em alguns pontos concordamos. O Flamengo tem um time que não pode ficar na penúltima posição. É difícil de acreditar. Mas só conheço o grupo no papel. Preciso conversar com o pessoal para descobrir o que está havendo. Só sei que, com a camisa e o grupo que temos, algo está acontecendo, e temos de descobrir com urgência", comentou. Sem comparações com 2005 Portanto, Joel Santana está ciente de que vai precisar trabalhar muito para tirar o Flamengo da atual situação. Mas o técnico mostrou-se pouco preocupado em avaliar se o desafio atual será mais difícil do que o de dois anos atrás, quando salvou o time do rebaixamento por "milagre" - chegou a nove rodadas do fim e obteve seis vitórias e três empates. "É difícil dizer. Temos mais jogos agora, mas todos estão chateados. O importante agora é acertar a casa e a equipe. Conseguindo vitórias, teremos tranqüilidade para trabalhar. Primeiro, temos de sair dessa situação. Depois vamos ver se foi mais fácil ou mais difícil", afirmou. Joel também fugiu de comparações entre o elenco de 2007 e o de 2005. Dos jogadores do grupo atual, apenas o goleiro Diego, o zagueiro Rodrigo Arroz (ambos reservas agora), o lateral-direito Leonardo Moura e o atacante Obina estavam no clube há dois anos. "É relativo. Às vezes, um time não tem um elenco forte, mas encaixa. Como em 2005, quando encaixou rápido. Só resta trabalhar e colher os resultados para sairmos dessa situação o mais rápido possível", declarou Joel, destacando a importância da união em prol do objetivo em 2005 como fator decisivo para o alcance do "milagre". "O importante daquela vez foi o apoio da torcida. Procuramos nos unir mais ainda. Não consegui nada sozinho, pelo contrário. A torcida acreditou e a diretoria veio junto", encerrou Joel. |