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A Argentina mostrou por que é apontada como a principal força da Copa América da Venezuela. Na noite desta quinta-feira, o time comandado por Alfio Basile deu show, especialmente no segundo tempo, venceu o México por 3 a 0 e passou para a final do torneio continental.
Na ocasião, os argentinos eram apontados como franco favoritos (como agora, quando são a única seleção com 100% de aproveitamento). Já o time renovado do Brasil, então dirigido por Carlos Alberto Parreira, deixou o país desacreditado e com pinta de que fracassaria, assim como o de Dunga. Mas, na final, após empate por 2 a 2 no tempo normal -com gol do atacante Adriano já nos acréscimos-, a seleção brasileira derrotou os adversários por 4 a 2 nos pênaltis e ficou com o título. O Brasil, campeão em 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999 e 2004, buscará seu oitavo título da Copa América. Já a Argentina é a maior vencedora da competição, com 14 conquistas, mas não leva a taça desde 1993. O jogo A Argentina teve o domínio territorial da partida no primeiro tempo, mas o México criou as melhores chances. Aos 8min, Guardado avançou desde o meio-campo e rolou para Cacho, que arriscou de fora da área, com perigo. Guardado, aos 35min, recebeu pela esquerda, se livrou de dois marcadores e bateu de perna esquerda na saída do goleiro Abbondanzieri, mas a bola tocou na trave direita e saiu pela linha de fundo. A seleção argentina só acordou nos minutos finais. Aos 41min, Riquelme passou para Tevez, que recebeu livre frente a frente com Sánchez, mas parou no goleiro. Dois minutos depois, a Argentina abriu o placar. Em jogada ensaiada, Riquelme cobrou falta da intermediária na área. Heinze se antecipou a dois zagueiros e ainda contou com vacilo de Sánchez para desviar e fazer 1 a 0. A segunda etapa parecia que seria uma "cópia" da primeira. Aos 9min, Márquez lançou Castillo por cima da zaga, pela direita. O atacante dominou e bateu cruzado, acertando o travessão de Abbondanzieri. O cenário novamente mudou a partir dos 15min. Tevez recebeu lançamento no meio e abriu para Messi na direita. O jogador do Barcelona invadiu a área e, em lance de genialidade, tocou de pé esquerdo por cima de Sánchez, em um dos mais belos gols da competição. Bastou cinco minutos para que a Argentina colocasse o México "na roda" e decretasse a vitória. Aos 20min, Tevez foi derrubado na área por Márquez. Na cobrança de pênalti, Riquelme bateu colocado, no meio do gol, para anotar 3 a 0 e chegar aos cinco gols no torneio, um atrás do artilheiro Robinho. Com a ampla vantagem, a seleção argentina passou a administrar o resultado e tocar a bola. Já o México, algoz do Brasil na estréia, não conseguiu impedir o show do rival e viu ruir a chance de ir à decisão. MÉXICO Sánchez; Castro, Magallón, Márquez e Pinto; Guardado, Torrado (Medina), Correa (Pineda) e Arce; Castillo e Cacho (Bravo) Técnico: Hugo Sánchez ARGENTINA Abbdondanzieri; Zanetti, Ayala, Milito e Heinze; Verón (Gago), Mascherano, Cambiasso e Riquelme (Aimar); Messi e Tévez (Palacio) Técnico: Alfio Basile Data: 11/07/2007 (quarta-feira) Local: estádio Cachamay, em Puerto Ordaz (Venezuela) Árbitro: Carlos Chandía (CHI) Auxiliares: Rodrigo González (CHI) e Luis Ávila (PER) Cartões amarelos: Torrado (M), Márquez (M), Verón (A), Messi (A) Gols: Heinze, aos 45min do primeiro tempo; Messi, aos 15min, e Riquelme, aos 20min do segundo tempo |