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Assim como aconteceu na Copa América de 2004, no Peru, a seleção brasileira chega à final depois de vencer o Uruguai nos pênaltis por 5 a 4 - no tempo normal houve empate por 2 a 2. Agora, a renovada e criticada equipe da "era Dunga" aguarda uma revanche contra o México, único que bateu o time verde-amarelo até aqui, ou um bis da histórica decisão de 2004 contra a Argentina. As duas seleções se enfrentam nesta quarta-feira, em Puerto Ordaz.
Essa superioridade foi compensada aos 12min, quando Robinho iniciou boa jogada pela direita ao tocar para Júlio Baptista. O meia avançou pela direita, cruzou, Vágner Love deixou passar e Mineiro chutou em cima do goleiro Carini. No rebote, o lateral-direito Maicon bateu de primeira para abrir o placar em Maracaibo. Três minutos depois, no entanto, parte dos refletores do estádio Pachencho Romero se apagou e a partida foi paralisada pelo árbitro colombiano Oscar Ruiz. Foi o que a seleção uruguaia precisava para ganhar mais fôlego e minimizar o inicial domínio verde-amarelo - a bola voltou a rolar apenas depois de 13 minutos. Com o retorno do jogo, a seleção brasileira se perdeu um pouco em campo e viu o Uruguai pressionar. Envolvido nas jogadas do rival, o Brasil contou com duas boas defesas de Doni. Uma em chute de Forlán, aos 41min, e outra em arremate de Recoba, aos 43min. O goleiro não evitou, porém, o gol de Forlán aos 48min. Antes, aos 47min, os brasileiros haviam reclamado de pênalti em cima de Vágner Love. Em seguida ao gol sofrido, diferentemente do que aconteceu na estréia contra o México, a seleção brasileira soube se portar em campo e partiu para cima. E voltou a ficar em vantagem aos 53min. Maicon cobrou falta cruzada para área, e Júlio Baptista apareceu entre os zagueiros uruguaios para desviar ao gol. Na segunda etapa, o Uruguai voltou com duas alterações. O técnico Oscar Tabárez sacou Recoba e Darío Rodriguez para as respectivas entradas de Ignácio Rodríguez e Abreu. E foi de um dos jogadores que entrou o gol de empate do time celeste. Aos 24min, Abreu aproveitou desvio de cabeça de Forlán e tocou da pequena área. Com a igualdade no placar, o técnico Dunga resolveu colocar Diego no lugar de Júlio Baptista e Fernando na vaga de Josué. Depois, Afonso entrou na vaga de Vágner Love. As mudanças não tiveram nenhum impacto tático na equipe, e os brasileiros não conseguiram chegar à vitória no tempo normal. Robinho abriu as penalidades acertando o canto direito. Em seguida, Forlán bateu mal, no meio do gol, e Doni fez a defesa. Juan, com chute violento no lado esquerdo, fez 2 a 0. Scotti descontou, mas Gilberto Silva manteve a vantagem. González mais uma vez diminuiu para 3 a 2. O Uruguai contou com erro de Afonso, que tentou o canto direito e viu a bola explodir na trave, e um gol de Rodríguez para igualar. Diego, com um chute forte à direita do goleiro, e Abreu, com toque de categoria no meio do gol, levaram a definição para as cobranças alternadas. Na primeira, Fernando, que fez sua estréia na Copa América, cobrou de maneira semelhante à de Afonso: o destino da bola foi igual, na trave. García tinha o jogo na mão e também acertou o poste, dando sobrevida ao Brasil. Gilberto mandou no canto esquerdo para, novamente, recolocar a seleção na frente. E foi justamente Lugano, ídolo são-paulino, quem bateu no meio do gol para Doni, adiantado, defender e colocar a equipe na decisão da Copa América. Enquanto os brasileiros comemoravam, os uruguaios ensaiaram iniciar uma confusão, logo contida, para festa dos comandados de Dunga. "Felizmente, chegamos à final e, agora, vamos buscar o título", disse o treinador. BRASIL X URUGUAI Brasil Doni; Maicon, Alex, Juan e Gilberto; Mineiro, Gilberto Silva, Josué (Fernando) e Júlio Baptista (Diego); Robinho e Vágner Love (Afonso) Técnico: Dunga Uruguai Carini; Lugano, Scotti e Darío Rodríguez (Abreu); Pereira, Pablo García, Pérez (Gargano), Rodríguez e Fucile; Forlán e Recoba (Ignácio González) Técnico: Oscar Tabárez Local: estádio José Encarnación Pachencho Romero, em Maracaibo (VEN) Árbitro: Oscar Ruiz (COL) Auxiliares: Juan Bedoya (COL) e Juan Carlos Arroyo (BOL) Cartões amarelos: Darío Rodriguez (URU), Gilberto (BRA), Scotti (URU), Pérez (URU), Fernando (BRA), Gilberto Silva (BRA) Gols: Maicon, aos 12min, Forlán, aos 48min, e Júlio Baptista, aos 53min do primeiro tempo; Abreu, aos 24min do segundo tempo Pênaltis: Robinho, Juan, Gilberto Silva, Diego, Gilberto (BRA), Scotti, González, Rodríguez, Abreu (URU) |