! Robinho salva, e 'Brasil sem identidade' avança na Copa América - 04/07/2007 - UOL Esporte - Futebol
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04/07/2007 - 23h43

Robinho salva, e 'Brasil sem identidade' avança na Copa América

Bruno Freitas e Leandro Canônico
Enviados especiais do UOL
Em Puerto La Cruz (Venezuela)
Robinho não apresentou o mesmo futebol empolgante da vitória sobre o Chile, mas o atacante novamente salvou a seleção brasileira. Com um gol de pênalti dele, o Brasil venceu o Equador por 1 a 0, no estádio Jose Antonio Anzoátegui, em Puerto La Cruz, confirmou a segunda colocação do Grupo B e assegurou vaga nas quartas-de-final. O adversário será novamente o Chile (melhor terceiro), sábado, na mesma cidade.

PRINCIPAIS LANCES
EFE
Melhor brasileiro do primeiro tempo, Robinho lamenta chance perdida no jogo
EFE
Vágner Love teve a melhor chance da primeira etapa, mas parou no goleiro
AFP
Em cobrança parecida ao jogo contra o Chile, Robinho abre o placar para o Brasil
EFE
O atacante brasileiro marcou todos os quatro gols da seleção na Copa América
PRIMEIRO TEMPO
33 min - Reasco erra o passe e a bola sobra para Julio Baptista, que chuta forte da intermediária. Elizaga faz boa defesa, e no rebote Vágner Love desperdiça ótima chance para abrir o marcador.
36min - Equador pressiona e tem a melhor chance da partida. Borja recebe belo lançamento na direita, passa por Doni, que sai mal do gol, mas chuta para fora.
44min - Robinho avança pela esquerda, toca para Vágner Love, que devolve de calcanhar, mas o camisa 11 brasileiro conclui para fora.
SEGUNDO TEMPO
10min - GOOOOOLLLL DO BRASIL!!!!! Em cobrança de pênalti sofrido por ele mesmo, Robinho cobra no canto esquerdo de Elizaga, que ainda toca na bola, e faz seu quarto gol nesta Copa América.
32min - Zagueiro Alex empurra atacante equatoriano na área e árbitro, que acompanhava o lance, nada marcou.
34min - Kleber faz ótima jogada pela esquerda e cruza para Vágner Love tocar para boa defesa de Elizaga.
VEJA MAIS FOTOS DA PARTIDA
MÉXICO E CHILE EMPATAM
SELEÇÃO SE RESTRINGE A ROBINHO
O avanço à segunda fase da primeira competição oficial depois do fracasso verde-amarelo na Copa do Mundo de 2006 dá mais uma chance ao técnico Dunga de acertar o time. Esta noite, aliás, com uma presença maior de brasileiros no estádio, o novato treinador ouviu alguns gritos de burro e um forte pedido pela entrada do meia Diego, que aos 26min da etapa final substituiu Júlio Baptista.

No início da partida, a seleção brasileira confirmou a dependência do futebol de Robinho. Bem marcado, no entanto, o atacante não conseguiu criar jogadas com a mesma freqüência das partidas contra México e Chile. Mesmo assim, o camisa 11 esteve presente nas melhores chances, finalizando ou dando passes para conclusão.

Com um meio-de-campo formado por três volantes (Mineiro, Gilberto Silva e Josué) e somente Júlio Baptista na armação, da mesma maneira que terminou na vitória sobre os chilenos, o Brasil foi pouco criativo. Responsável pela criação pela primeira vez como titular, Baptista teve duas boas chances de cabeça, aos 15 e aos 45min.

As melhores oportunidades da equipe verde-amarela saíram mesmo dos pés da dupla Robinho e Vágner Love. Aos 16min, por exemplo, Love recebeu cruzamento de Gilberto e viu o goleiro Elizaga defender o seu chute. O camisa 9 teve mais uma boa chance aos 45min, quando chutou forte de fora da área para nova boa defesa.

Todos esses lances deixaram claro ao menos um avanço da seleção brasileira nessa partida: as finalizações. Diferentemente do jogo contra o Chile, quando deu o primeiro chute a gol aos 30min, nesta quarta-feira o arremate inaugural foi logo a 1min. A pancada de Daniel Alves motivou todos a procurarem mais o gol.

A história não se repetiu no início da etapa final. Mais apático, o Brasil não conseguiu envolver o Equador em seu jogo. Mas contou mais uma vez com um pênalti para mudar a partida. Aos 8min, Robinho gingou em frente a um zagueiro e foi derrubado. Na cobrança, aos 10min, ele mesmo fez seu quarto gol na Copa América.

O pênalti gerou certa reclamação por parte dos equatorianos e por isso demorou dois minutos para ser cobrado. Isso porque o árbitro argentino Sergio Pezzotta, inicialmente, tinha feito sinal de que Robinho havia se jogado. Mas o seu assistente, olhando por outro ângulo, levantou a bandeira e assinalou a falta.

Com o jogo voltando ao normal, a seleção brasileira também retornou à apatia e ao futebol pouco criativo. Por sorte, os jogadores equatorianos não souberam aproveitar os buracos na zaga adversária. Impaciente com a situação, o estádio inteiro vaiou constantemente os atletas presentes em campo.

BRASIL
Doni; Daniel Alves (Alex Silva), Alex, Juan e Gilberto (Kléber); Mineiro, Gilberto Silva, Josué e Júlio Baptista (Diego); Robinho e Vágner Love
Técnico: Dunga

EQUADOR
Elizaga; Oscar Baguí, Espinoza, Guaga e Reasco; Valencia, Ayovi (Caicedo), Segundo Castillo e Edson Méndez; Félix Borja (Tenório) e Cristian Benítez
Técnico: Luis Suárez

Local: estádio José Antonio Anzoátegui, em Puerto La Cruz (Venezuela)
Árbitro: Sergio Pezzotta (Argentina)
Auxiliares: Rodolfo Otero (Argentina) e Rafael Yánez (Venezuela)
Cartões amarelos: Bagui e Tenório (EQU), Diego, Daniel Alves e Josué (BRA)
Gol: Robinho, aos 10min do segundo tempo

Hospedagem: UOL Host