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Vou te falar que não tenho saudade nenhuma do futebol. Parei em 2001 porque Deus tocou o meu coração dizendo que era hora de parar Serginho Fraldinha, revelador de talentos do Corinthians |
Sérgio Ricardo Ramalho 27/05/1973 São Paulo (SP) Times - Palmeiras (89 a 91) - Santos (91 a 94) - São José (95) - América/SP (96) - São Carlense (97) - União da Madeira/POR (98) - Estrela Amadora/POR (99 a 2001) |
Bruno Thadeu, especial para o Pelé.Net
Coordenando mais de 100 garotos entre 5 e 16 anos, o ex-jogador antecipou seu adeus dos gramados ainda jovem devido a seguidas lesões e aponta os ensinamentos bíblicos como os responsáveis pelo conforto necessário para absorver essa nova etapa na vida. Para o "professor" Serginho, o ambiente futebolístico não mais desperta interesse; a escolinha em Osasco se tornou o único elo entre ele e o esporte. À frente da franquia corintiana, o ex-jogador de Palmeiras e Santos encaminha os melhores atletas do curso para testes no rival de Parque São Jorge. "Vou te falar que não tenho saudade nenhuma do futebol. Parei em 2001 porque Deus tocou o meu coração dizendo que era hora de parar. Parei e hoje estou muito feliz em trabalhar com essas crianças aqui no Corinthians. A escolinha me dá motivação para que eu continue no futebol", revelou Serginho Fraldinha ao Pelé.Net. O status de garoto-sensação do Palmeiras, nos anos 80, rendeu negócio até hoje comemorado pelo time de Parque Antarctica, que cedeu Serginho Fraldinha e Ranielli em troca do volante César Sampaio, posteriormente campeão paulista e brasileiro com o Palmeiras. Fraldinha, por sua vez, teve passagem sem brilho pela Vila Belmiro. O desaparecimento não ocorreu por acaso, conta Serginho Fraldinha, que menciona dois fatores determinantes para a sua saída definitiva dos clubes grandes: a imaturidade nos primeiros anos de profissional e o excesso de contusões. O ex-atacante se despediu dos gramados aos 28 anos.
"Meu 'erro' foi ter tido minhas duas melhores oportunidades logo no início de minha carreira. Eu queria ter atuado no Palmeiras e Santos com mais experiência, com cabeça de 25 anos", acrescenta. Seu ápice no futebol aconteceu justamente em Portugal, diz Fraldinha, período em que defendeu o União da Madeira e Estrela Amadora. "Eu queria atacar e não participava da marcação. Somente depois me dei conta da importância de ajudar o time. E aí fiz certo sucesso no futebol português, onde eu era muito valorizado. Mas as lesões me atrapalharam", acrescenta o ex-jogador. No Santos, o ex-atacante conta que não teve paciência para aguardar uma oportunidade entre os titulares. Pediu para sair do clube e, em sua estréia no São José, se contundiria gravemente, parando por quase um ano. "O pessoal do elenco dizia para eu ter calma já que minha vez no Santos chegaria, mas eu não ouvi os conselhos e pedi para sair. Para o meu azar, no meu primeiro jogo no novo time [São José] eu sofri ruptura no ligamento cruzado. Dali em diante eu segui trajetória longe dos times da capital", revela. |