! Interino no Atlético, Tico quer seguir "carreira solo" em 2008 - 17/05/2007 - UOL Esporte - Futebol
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17/05/2007 - 15h29

Interino no Atlético, Tico quer seguir "carreira solo" em 2008

Da Redação
Em Belo Horizonte
Assistente do técnico Levir Culpi, que há 11 dias deixou o Atlético-MG para dirigir o Cerezo Osaka, do Japão, Cleocir dos Santos, o Tico, revela que tem um planejamento para a sua vida, que inclui iniciar ano que vem a carreira como treinador de futebol. Se depender de sua vontade, ele continuará como assistente de Zetti, que foi anunciado na tarde desta quarta-feira, como o novo técnico do clube atelticano.

Segundo Tico, se o novo treinador não o quiser como auxiliar, o o seu plano poderá ser antecipado. "Já passei por todas as fases no futebol, preparador físico, técnico de base, técnico profissional, no Pinheiros, e quando ia começar a carreira sempre vinha um técnico e me convidava a trabalhar com ele, foi assim com o Otacílio Gonçalves, com quem fiquei cinco anos, e com o Levir. Agora, acredito que seja o momento", afirmou Tico.

Ele revelou que a sua idéia é permanecer no Atlético este ano, cumprindo o seu contrato até o dia 31 de dezembro. "Se vier um técnico para cá que quiser trabalhar comigo e que a gente se dê bem, eu ficaria para ajudar porque tenho um conhecimento muito grande desse grupo, na parte técnica e tática de cada um, além de muita amizade", afirmou.

Caso o técnico contratado venha a se opor à sua permanência no Atlético, Tico pretende antecipar o que chama de início de sua "carreira solo". Ele reconhece que para começar uma carreira como treinador provavelmente terá de trabalhar em clubes de menor expressão.

"Essa é uma situação normal. É muito diferente você estar em um clube grande, mesmo que como auxiliar, e saber das suas limitações, de qual é o seu cargo e suas funções. Sei que estou interinamente no Atlético, porque o presidente Ziza Valadares já me passou que a idéia é trazer um técnico", revelou.

Tico destaca que, mesmo interino, tem de fazer o melhor trabalho possível. "O Atlético necessita, os atletas necessitam e eu também. A questão de começar em um clube menor tem a vantagem de você começar um trabalho seu, com as condições às vezes mais deficitárias e piores de trabalho, porém tem condições de crescer na profissão", comentou. "A idéia é começar futuramente esse trabalho de técnico", acrescentou.

Ele comentou que tinha uma relação muito próxima com Levir Culpi, tanto do ponto de vista de amizade como de profissional, o que facilitava a convivência e o trabalho conjunto. "Como auxiliar do Levir nós tínhamos uma história, um tempo juntos, uma adaptação, um conhecimento, uma relação de amizade e um profissionalismo muito grande. A gente vê futebol da mesma maneira, o que facilita muito para se trabalhar junto", afirmou.

Tico começou no futebol, aos 14 anos, na categoria infantil do Colorado, equipe que depois se tornaria o Paraná. Jogo profissionalmente apenas até os 23 anos, entre outros clubes no Bolivar (Bolívia), Anapolina e Coritiba. Encerrou prematuramente a carreira de jogador por causa de uma grave lesão de menisco e de ligamento.

"Fui orientado a parar de jogar futebol, porque não teria estabilidade na articulação, como eu era um atleta muito dedicado aos estudos, com 19 anos, passei no curso de Educação Física da Universidade Federal do Paraná, tinha trancado a matrícula por quatro anos. Voltei a estudar e me formei, fiquei", contou.

Ele ficou três anos como preparador físico, mas como gostava muito da parte tática e técnica, passou a trabalhar como assistente. "Comecei como técnico, em todas as categorias, a partir do infantil. Em 1991, era técnico dos juniores do Coritiba, o Levir assumiu o Coritiba e me convidou a trabalhar com ele", afirmou. "Depois nos separamos por sete anos, fui ao Japão com o Otacílio Gonçalves e nos reencontramos em 2001, no Atlético, onde fui coordenador por três anos das categorias de base", acrescentou.

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