16/05/2007 - 18h29

Sevilla conquista bi da Copa da Uefa e iguala feito do Real Madrid

Da Redação
Em São Paulo

O Sevilla conquistou nesta quarta-feira o bicampeonato da Copa da Uefa e igualou feito do Real Madrid. Em jogo dramático, a equipe venceu o Espanyol nos pênaltis, por 3 a 1, depois de empate por 2 a 2 no tempo normal e prorrogação, no estádio Hampden Park, em Glasgow, na Escócia, e agora está ao lado do Real na história da Copa da Uefa. Os times espanhóis são os únicos que levaram dois títulos consecutivos da competição, já que o Real venceu nos anos de 1985 e 1986 e o Sevilla no biênio 2006/07.

IMAGENS DA FINAL NA ESCÓCIA
Lateral brasileiro Adriano bate cruzado para marcar o primeiro gol do jogo, em Glasgow
Daniel Alves dá carrinho, mas não impede gol de empate de Albert Riera, do Espanyol
Depois de defender último pênalti, goleiro Palop comemora título com jogadores
VEJA MAIS IMAGENS DA DECISÃO

A exemplo do ano passado, quando Luis Fabiano marcou na decisão contra o Middlesborough (4 a 0), o título deste ano teve a participação brasileira. O lateral-esquerdo Adriano abriu o caminho da conquista, fazendo o primeiro gol do Sevilla e do jogo, na primeira etapa do tempo normal.

A conquista da Copa da Uefa pode ser somente a primeira do time dos brasileiros Luis Fabiano, Daniel Alves, Renato e Adriano. O time da Andaluzia pode levar a tríplice coroa na atual temporada, já que briga pelo Campeonato Espanhol e ainda enfrenta o Getafe, na decisão da Copa do Rei. No Espanhol, o time está a apenas dois pontos do líder Barcelona, com duas rodadas para o fim.

"Foi um jogo muito complicado como nós já prevíamos. Mas fomos mais felizes que eles e conquistamos o bicampeonato. A sensação é fantástica", afirmou Luis Fabiano. "Isso é muito gratificante. Estamos ajudando a construir uma parte bonita da história desse clube e essa torcida merece, porque nos apóia o tempo inteiro."

O jogo
Antes da partida, a surpresa ficou por conta da escalação do Espanyol. Artilheiro da Copa da Uefa, com 11 gols, Walter Pandiani não entrou como titular, já que o treinador Ernesto Valverde preferiu a dupla Raúl Tamudo, capitão e ídolo da torcida, e Luis García.

A ausência de Pandiani parece que ajudou o Sevilla. Escalado com três brasileiros (Daniel Alves, Adriano e Luis Fabiano), o time começou em ritmo rápido, com marcação sob pressão e muita velocidade. A superioridade do Sevilla era nítida. Tanto que, aos 18 minutos, o time conseguiu o gol.

Em incrível reposição de bola, o goleiro Palop, eleito o melhor da competição, colocou a bola no meio-campo, pela esquerda, nos pés de Adriano. Sem marcação, o brasileiro arrancou com muita velocidade, atravessou o campo, deixou para trás seu marcador, entrou na área e chutou cruzado, de pé esquerdo, no canto direito de Iraizoz.

Apesar de ter sentido o gol, o Espanyol conseguiu equilibrar o jogo, principalmente com jogadas pela esquerda de ataque, às costas de Daniel Alves. Numa delas, aos 28 minutos, o time catalão conseguiu o empate.

Jônatas, ex-Flamengo, fez o gol de empate no Espanyol, mas perdeu pênalti depois

Além de Adriano, outro brasileiro foi protagonista. O meio-campo Jônatas, ex-Flamengo, entrou no time do Espanyol na segunda etapa de jogo, no lugar do ídolo Ivan de la Peña. Na prorrogação, aos 10 minutos do segunto tempo, quando o jogo estava 2 a 1 e o título se encaminhava para o Sevilla, Jônatas achou um gol.

De fora da área, ele chutou forte, rasteiro, e a bola foi morrer no canto esquerdo de Palop. No entanto, a alegria do ex-flamenguista durou muito pouco. Nos pênaltis, ele desperdiçou a terceira cobrança do Espanyol e prejudicou a equipe catalã. Aliás, na disputa, outro brasileiro desperdiçou cobrança: o lateral Daniel Alves, do Sevilla, bateu de forma ridícula, muito acima do travessão do goleiro Iraizoz.

JÔNATAS, DE HERÓI A VILÃO

Albert Riera avançou pela esquerda, deu um corte seco sobre o lateral brasileiro e chutou da entrada da área. Daniel Alves ainda se esforçou e deu um carrinho, mas a bola desviou em sua perna e morreu no canto esquerdo de Palop. O equilíbrio foi a marca da primeira etapa.

A decisão prosseguiu na mesma linha, com muito equilíbrio no segundo tempo. No entanto, aos 23 minutos, Moisés Hurtado fez falta, levou o segundo amarelo e foi expulso, deixando o Espanyol com dez jogadores. Com isso, o Sevilla voltou a ficar no campo do adversário, que se defendia e, dessa vez, pouco contra-atacava.

Porém, mesmo com um homem a mais, o Sevilla desperdiçou inúmeras oportunidades, principalmente com Kanouté. O goleiro Iraizoz foi o grande destaque, salvando o Espanyol em várias ocasiões e fez o jogo ir para a prorrogação.

Mas, no tempo-extra, o Sevilla continuou pressionando e acabou fazendo o segundo gol, mas somente no minuto final do primeiro tempo. Jesús Navas fez grande jogada pela direita e cruzou rasteiro, na medida para Kanouté, que se antecipou à zaga e desviou para o gol, no primeiro pau.

Quando tudo se encaminhava para o título do Sevilla, mais um brasileiro apareceu. Jônatas, ex-Flamengo, entrou no lugar de De la Pena no segundo tempo de jogo e igualou a partida novamente, aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação. O meio-campista dominou bola na intermediária, soltou a bomba e a bola entrou no canto esquerdo de Palop. Com isso, o jogo foi para os pênaltis.

SEVILLA (3) 2 x 2 (1) ESPANYOL

Sevilla
Andrés Palop; Daniel Alves, Javi Navarro, Ivica Dragutinovic e Antonio Puerta; Christian Poulsen, José Luis Martí, Enzo Maresca (Jesús Navas) e Adriano Correia (Renato); Luis Fabiano (Kerzhakov) e Frédéric Kanouté
Técnico: Juande Ramos

Espanyol
Gorka Iraizoz; Pablo Zabaleta, Daniel Jarque, Marc Torrejón e David García; Franciso Rufete (Pandiani), Ivan de la Pena (Jônatas), Moisés Hurtado e Albert Riera; Raul Tamudo (Lacruz) e Luis García
Técnico: Ernesto Valverde

Data: 16/05/2007 (quarta-feira)
Horário: 15h45 (horário de Brasília)
Local: estádio Hampden Park, em Glasgow (Escócia)
Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)
Auxiliares: Matthias Arnet e Stéphane Cuhat (Suíça)
Cartões amarelos: Moisés Hurtado (ESP); Luis Fabiano (SEV), Kanouté (SEV) e Puerta (SEV)
Cartão vermelho: Moisés Hurtado (ESP)
Gols: Adriano (SEV), aos 18 minutos do primeiro tempo; Riera (ESP), aos 28 minutos do primeiro tempo; Kanouté (SEV), aos 15 minutos do primeiro tempo da prorrogação; Jônatas (ESP), aos 10 minutos do segundo tempo da prorrogação.
Pênaltis: Kanouté, Dragutinović e Puerta (SEV); Pandiani (ESP)

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