| | 29/04/2007 - 19h27
Envergonhado pela goleada, Autuori pede demissão do Cruzeiro Da Redação
Em Belo Horizonte
Por "vergonha" como a forma que o Cruzeiro foi goleado pelo Atlético, por 4 a 0, neste domingo, no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, o técnico Paulo Autuori pediu demissão do cargo e não vai comandar o time nem ao menos na segunda partida da decisão do Estadual, no próximo final de semana. O presidente celeste, Alvimar de Oliveira Costa, revelou que tentou fazer o treinador rever sua posição, mas não teve sucesso.
Paulo Autuori se reuniu com o presidente Alvimar de Oliveira Costa e com o vice-presidente de futebol, Zezé Perrella, logo após a goleada e depois de conversar com os jogadores. Aos repórteres, ele apenas informou que falou com os dirigentes cruzeirenses que poderia comandar o time no segundo jogo, mas que de todo jeito não iria continuar à frente do clube.
"Vou falar rápido e breve, chamei a direção e falei que sou profissional e pessoa com vergonha na cara. Por dignidade se tiver de fazer o jogo de domingo vou fazer, mas ganhando ou não o título não vou continuar e coloquei de forma clara para a direção", afirmou.
Paulo Autuori agradeceu a tentativa da diretoria de fazê-lo continuar. "Sendo curto e grosso, sou profissional e um homem com dignidade e vergonha na cara, e como tal não posso aceitar de maneira nenhuma, a forma como entregamos aqui o jogo de bandeja para o Atlético", salientou.
O técnico disse que assumiu toda a responsabilidade e que não vai repassá-la a jogadores. "Em nenhum momento vou falar ou já falei de jogador. O que é minha responsabilidade chamo para mim, como sempre fiz, espero que as pessoas chamem para si, e as pessoas são os jogadores. a responsabilidade", salientou.
"Não tenho absolutamente nada a falar sobre nenhum jogador. Tenho a dizer que eu sou homem e como tal, todo homem deve ter primeiro vergonha das coisas que faz mal feitas e depois dignidade para mesmo nos momentos difíceis, das derrotas, cair de pé", ressaltou Paulo Autuori.
Alvimar Perrella, como é conhecido o presidente, disse que o treinador não colocou o cargo à disposição, mas pediu para sair. "Ele está envergonhado, como todos nós estamos envergonhados. O que aconteceu hoje envergonha uma instituição de 85 anos de existência. Tentamos demovê-lo da idéia, mas ele foi irredutível sua decisão".
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