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  17/12/2006 - 10h12
Inter derruba Barça com gol de reserva e é campeão mundial

Evandro César Lopes
Enviado especial do UOL
Em Yokohama (Japão)

O meia Adriano saiu do banco aos 31min do segundo tempo, para, cinco minutos depois, fazer o gol do título. O Internacional derrotou neste domingo o Barcelona por 1 a 0 para ser campeão mundial em Yokohama, no Japão.

O time brasileiro teve uma sólida atuação na defesa, conteve o badalado ataque liderado por Ronaldinho Gaúcho e aproveitou uma de suas poucas chances de contra-ataque para assegurar uma vitória histórica.

CONQUISTA EM YOKOHAMA
EFE
Fernandão se vira para barrar Ronaldinho
EFE
Jogadores erguem a taça em título inédito
Reuters
Torcida do Inter faz festa em Porto Alegre
FOTOS DA DECISÃO NO JAPÃO
O DESTAQUE DO INTER FOI... ?
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BLOG: ANÁLISE DE JUCA KFOURI
O atacante Iarley puxou contragolpe aos 36min do segundo tempo, se livrou de Puyol e serviu para Adriano. No mano a mano com Belletti, o meia, que sofreu críticas durante toda a temporada, bateu ao entrar na área. O goleiro Valdez resvalou na bola, mas não impediu que ela chegasse à rede.

O Barcelona mandou na partida no primeiro tempo, criou chances com sua movimentação ofensiva, mas esbarrou na defesa do Inter. Marcação que melhorou ainda mais no segundo tempo, com Vargas no lugar de Alex, quando o time brasileiro conseguiu equilibrar a partida. No final, quem esperava qualquer espetáculo por parte dos espanhóis acabou se frustrando com a eficiência dos brasileiros na contenção de jogadas.

Na frente, o Inter viu suas duas grandes apostas - o capitão Fernandão e o novato Alexandre Pato - com atuações tímidas, diminuindo seu poder ofensivo. No final, porém, foi o reserva de Fernandão quem roubou a cena.

"Depois de uma bola importante do Iarley no contra-ataque, fiz o gol do título. Todo mundo lutou para conquistar este título para a torcida. Fazer parte de um grupo desses é excelente. Eu estava no banco, mas tentei ajudar meus companheiros", disse Adriano.

O time gaúcho, que igualou o arqui-rival Grêmio (campeão em 1983), recebeu US$ 4,5 milhões de premiação pela conquista inédita, enquanto o vice ficou com US$ 3,5 milhões.

O Brasil, desta forma, mantém 100% de aproveitamento no Mundial desde que o torneio ganhou a chancela da Fifa. Em 2000, o Corinthians foi o campeão. No ano passado, foi a vez do São Paulo.

O meia brasileiro naturalizado português Deco ganhou a Bola de Ouro de melhor jogador do Mundial e também foi escolhido o melhor em campo na decisão. Iarley foi o Bola de Prata.

O jogo
O Barcelona começou a partida com mais iniciativa, mas sem ser tão agressivo. O Inter, precavido, posicionou uma linha de quatro zagueiros e dois volantes à frente da área para barrar as investidas com toque de bola do adversário, visivelmente mais técnico.

TROCO EM RONALDINHO
Melhor do jogador do mundo em duas oportunidades e principal candidato ao título também em 2006, Ronaldinho Gaúcho esteve sempre marcado como um dos principais algozes na história do Internacional

Formado nas categorias de base do principal rival do time do Beira Rio, no entanto, o melhor do mundo levou o "troco" do Internacional na hora certa, justamente no principal jogo da história do clube de Porto Alegre.
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O primeiro lance de perigo saiu aos 16min, quando Deco arriscou de fora da área, Clemer deu rebote e Giuly chutou no rebote, com o goleiro brasileiro se recuperando e espalmando para escanteio.

Na seqüência, Ronaldinho driblou Fernandão na entrada da área e foi atropelado por Índio na área, mas o árbitro não deu pênalti.

A partir daí, os espanhóis começaram a intensificar a pressão - e o time brasileiro teve de se limitar a se defender em seu campo. O plano de Abel Braga de marcar no campo de ataque não foi empregado em nenhum momento.

O Inter passou os primeiros 45 minutos sem acertar um chute a gol. A melhor chance foi aconteceu aos 38min, quando Índio foi ao ataque de surpresa. Recebeu um passe nas costas de Van Bronckhorst na área pela direita e chutou para fora, por cima da trave. Mas o time brasileiro ficou por aí.

A primeira finalização ao gol aconteceu apenas aos 16min do segundo tempo, com chute fraco de Iarley para defesa de Valdez. Nesse momento, o Inter marcava melhor em campo ao impedir o Barcelona de exercer sua criatividade, com o volante colombiano Vargas tendo entrado no lugar de Alex.

Uma das poucas vezes que o Barça conseguiu tramar uma troca de passes foi quando Deco tocou de primeira para o volante Xavi entrar na área e chutar cruzado, rasteiro de modo perigoso. Clemer mostrou reflexo e fez boa defesa. Isso ocorreu aos 28min, quando o Inter estava com um homem a menos em campo, após o zagueiro Índio sair com o nariz sangrando, após cotovelada do companheiro Edinho em lance aéreo.

REDENÇÃO DE ADRIANO
Reuters
 
Vaiado freqüentemente pelo torcedor do Internacional nas partidas dentro do estádio do Beira Rio, o meia-atacante Adriano se redimiu em grande estilo neste domingo. Homem de confiança de Abel Braga, o jogador fez, neste domingo, o gol mais importante da história do clube gaúcho.
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Quando Índio retornou, o Inter voltou a se solidificar. Até que veio a chance do gol. Aproveitada com oportunismo por Adriano.

Assim como ocorreu na semifinal, brilhou a estrela do técnico Abel Braga no segundo tempo. Mais uma vez, um dos jogadores que ele lançou a campo acabou fazendo o gol salvador. Na partida anterior, tinha sido a vez do atacante Luiz Adriano.

Depois de sofrer o gol, o Barça teve ainda dois ótimos momentos para empatar. Mas o goleiro Clemer interviu em uma finalização de Deco e Ronaldinho Gaúcho errou por pouco uma cobrança de falta, aos 40min.

INTERNACIONAL (BRA) 1 x 0 BARCELONA (ESP)

Local: estádio de Yokohama (Japão)
Data: Domingo, 17 de dezembro de 2006
Árbitro: Carlos Batres (Guatemala)
Auxiliares: Leonel Leal (Costa Rica) e Carlos Pastrana (Honduras)

Gol: Adriano, aos 36min do 2º tempo

INTERNACIONAL
Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Edinho, Alex (Vargas) e Fernandão (Adriano); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano)
Técnico: Abel Braga

BARCELONA
Valdez, Zambrotta (Belletti), Puyol, Márquez e Bronckhorst; Motta (Xavi), Iniesta, Deco e Giuly; Ronaldinho e Gudjohnsen (Ezquerro)
Técnico: Frank Rijkaard

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