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  22/09/2006 - 20h53
Tite pede demissão e deixa comando do Palmeiras

Evandro César Lopes
Do Pelé.Net

Tite não é mais técnico do Palmeiras. O gaúcho pediu demissão na tarde desta sexta-feira, após reunião com a diretoria do clube. A derrota para o Santa Cruz por 3 a 2, quinta-feira, em Recife, encerrou o ciclo do treinador na equipe paulista, que ocupa a 15ª posição no Campeonato Brasileiro e enfrenta o São Paulo no domingo, em Presidente Prudente.

Fernando Santos/FI
Derrotas consecutivas no Mineirão e em Recife foram o estopim para saída de Tite
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"Não quero entrar em detalhes [da minha demissão], mas, quando uma relação de confiança se quebra, você não tem porque continuar", afirmou.

Após a partida no Arrudão, o diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, visivelmente irritado com o resultado, atirou contra o treinador. "O Palmeiras jogou um futebol medíocre. Isso é o que precisamos avaliar. O Tite tem que calar a boca e parar de reclamar dos juízes. Mesmo que eles [árbitros] tenham errado, temos que jogar bola".

O anúncio oficial aconteceu no início da noite desta sexta-feira, ainda no aeroporto de Guarulhos, durante o desembarque da delegação. Torcedores e jornalistas cercaram o treinador, que comunicou o seu desligamento.

"Disse hoje à tarde aos dirigentes do Palmeiras que estava fora. Quero agradecer ao Palmeiras esta oportunidade que foi dada", declarou.

Os torcedores que estavam no aeroporto tentaram agredir Tite. O gaúcho, ao perceber a confusão, disparou. "Não devo nada a ninguém e vou sair pela porta da frente". Seguranças e PMs fizeram um extenso cordão de isolamento e o técnico deixou o aeroporto em um carro da polícia. Jogadores e dirigentes foram pegos ainda na pista ou saíram por portões laterais, evitando os palmeirenses mais exaltados.

Tite estreou no Palmeiras justamente diante do Santa Cruz, no dia 21 de maio, na vitória por 2 a 1. O ex-gremista substituiu Marcelo Vilar, que dirigiu o Palmeiras após a saída de Emerson Leão.

A equipe, que ocupava as últimas colocações, reagiu após a Copa do Mundo, quando o Brasileirão foi interrompido. "Nós ficamos apenas atrás do São Paulo, Palmeiras e Paraná, fizemos uma campanha excelente", relembrou.

Com Tite à frente do Palmeiras, em 20 jogos, a equipe contabilizou oito vitórias, cinco empates e sete derrotas. Aproveitamento de 48%.

"Agora, o Palmeiras vai ter 10 dias para se reorganizar [depois do clássico, o Verdão volta a jogar no dia 04 de outubro]. Mas quero deixar bem claro os números que tivemos aqui. Me sinto gratificado pelo trabalho que fizemos", frisou.

Os jogadores do Palmeiras ficaram surpresos com a decisão do comandante. "Foi uma situação que surpreendeu todo o elenco. Com o Tite, nós saímos dos últimos lugares, apresentamos um crescimento na competição", disse Marcinho Guerreiro.

"[A saída do Tite] Foi ruim. Toda saída de um grande treinador é assim. Mas, aqui no Brasil, apenas os resultados importam. Mas não podemos deixar isto nos atrapalhar no clássico [contra o São Paulo]", destacou Juninho Paulista.

Em Prudente, no domingo, Marcelo Vilar será novamente o técnico do Palmeiras. O preparador de goleiros Jorge Luiz Azevedo, o auxiliar-técnico Cléber Xavier e o preparador-físico Fábio Mahsredjian, trazidos por Tite, se despedem após o clássico.

A diretoria ainda não fala oficialmente em um substituto para Tite, mas Paulo César Gusmão, ex-Cruzeiro e São Caetano, começa a ganhar força. O ex-auxiliar de Vanderlei Luxemburgo, que já trabalhou no Palmeiras, está desempregado.

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