| 19/12/2005 - 01h15 Nos pênaltis, Boca Juniors é bicampeão da Copa Sul-Americana Da Redação Em São Paulo O Boca Juniors é bicampeão da Copa Sul-Americana. No ano do seu centenário, o campeão argentino precisou ir aos pênaltis para derrotar o Pumas e conquistar pela segunda vez consecutiva o título da segunda competição mais importante do continente. O goleiro Abbondanzieri foi o grande herói do jogo.
AFP Palermo comemora o seu gol contra o Pumas; decisão foi para os pênaltis e Abbondanzieri marcou o gol do título A decisão dos pênaltis aconteceu após as duas equipes repetirem o resultado da primeira partida e empatarem em 1 a 1. Os gols no tempo normal foram marcados por Palermo, no primeiro tempo, e Marioni, no segundo. Nos pênaltis, o gol decisivo foi marcado por Abbondanzieri, após ter defendido dois pênaltis durante a disputa decisiva.
Com o título, o clube argentino se credencia para disputrar a Recopa Sul-Americana contra o São Paulo, campeão da Libertadores da América deste ano.
Este é o segundo título em menos de uma semana para o Boca Juniors. Na última quarta-feira, a equipe conquistou o Torneio Apertura do Campeonato Argentino ao vencer o Olimpo de virada, por 2 a 1. Este foi o 22º título nacional de sua história. Ainda neste semestre a equipe levantou a taça da Recopa Sul-Americana ao derrotar o Once Caldas, campeão da Libertadores de 2005.
Fundado em 3 de abril de 1905, o Boca começou o ano de seu centenário com insucessos, com a perda do Torneio Clausura (e da vaga na Libertadores 2006) e da Copa Libertadores da América, que causaram a demissão do técnico Jorge Benítez. Com o técnico Alfio Basile e a efetivação de Diego Armando Maradona como diretor do clube as coisas melhoraram e os títulos apareceram.
Com a conquista do Boca, a Argentina mantém a sua hegemonia na Copa Sul-Americana. Em quatro edições, os argentinos sempre estiveram entre os finalistas. Na primeira edição, realizada em 2002, o San Lorenzo passou pelo Atlético Nacional, da Colômbia. No ano seguinte, o River Plate ficou com o vice-campeonato ao perder para o Cienciano do Peru. Em 2004, o Boca Juniors ganhou do Bolívar e conquistou seu primeiro título.
O Jogo
TODOS OS CAMPEÕES | 2002 - San Lorenzo (ARG) | 2003 - Cienciano (PER) | 2004 - Boca Juniors (ARG) | 2005 - Boca Juniors (ARG) | Antes da partida começar os torcedores do Boca Juniors protagonizaram cenas de violência. Milhares de torcedores tentaram entrar no estádio sem ingresso, mas a polícia argentina conseguiu conter os torcedores. Dentro do estádio La Bombonera, os torcedores que conseguiram entrar - entre eles Maradona - viram o Boca Juniors dominar todo o primeiro tempo.
A equipe do técnico Alfio Basile não pressionou o time mexicano em seu campo, mas não permitiu que o adversário criasse oportunidades de abrir o placar. As únicas duas chances criadas pelo Pumas tiveram como protagonistas os brasileiros Leandro Augusto e Aílton.
No primeiro lance, aos 19min, Aílton fez boa jogada pela esquerda. Driblou dois jogadores do Boca dentro da área, mas adiantou a bola, que foi defendida por Abbondanzieri. Cinco minutos depois, Leandro arrancou pela esquerda e cruzou. O zagueiro argentino se atrapalhou, mas, mais uma vez, Abbondanzieri defendeu.
O Boca Juniors foi mais efetivo no ataque. Apoiado por seus fanáricos torcedores, a equipe ia criando chances de gol, sempre tendo em Palermo seu principal finalizador. O atacante perdeu três boas chances, todas de cabeça, nos primeiros 22 minutos de jogo.
Aos 31min, porém, trocou o pé pela cabeça e abriu o placar. Numa falta da direita cobrada por Insúa, Palermo antecipou à zaga do Pumas e tocou de pé esquerdo para as redes do goleiro Bernal. No último minuto da primeira etapa, o camisa 9 ainda perderia outra oportunidade de cabeça.
No segundo tempo, a partida mudou. O Pumas, precisando da vitória para conquistar o título, partiu para cima. Os laterais apoiaram mais e o brasileiro Leandro Augusto foi o maestro da equipe. No primeiro ataque, aos 8min, o zagueiro argentino Schiavi colocou a mão na bola. Marioni bateu e igualou o placar.
O Pumas seguiu atacando e, aos 18min, o brasileiro Leandro Augusto chutou forte de fora da área e acertou o travessão do Boca. A partir daí o time da casa equilibrou as ações do jogo. Aos 33 min, Palermo perdeu grande oportunidade. Após um bate-rebate, o atacante cabeceou e, em cima da linha, o zagueiro do Pumas evitou o gol da vitória.
As duas equipes perderam mais oportunidades de ampliarem o marcador, mas nos minutos finais preferiram a cautela e foram para a disputa de penalidades.
Os dois goleiros começaram brilhando. Abbondanzieri defendeu o pênalti de Leandro Augusto e Bernal pegou o pênalti batido por Schelotto. Na segunda rodada, os atacantes marcaram com Pineda, pelos mexicanos, e Insúa, pelos argentinos.
A terceira rodada os goleiros comemoraram mais uma vez. Abbondanzieri pegou a cobrança de Beltrán e Palermo chutou a bola na trave. A quarta rodada, os atacantes marcaram e empataram a disputa em 2 a 2. Nos últimos pênaltis da série, Marioni marcou para o Pumas e Delgado para o Boca.
Na disputa de pênaltis alternadas, Galindo chutou a bola na trave. Aí foi só o goleiro Abbondanzieri mandar a bola para as redes de Bernal, fechar a série em 4 a 3 e dar o bicampeonato para o Boca Juniors.
BOCA JUNIORS Abbondanzieri; Ibarra, Schiavi, Daniel Díaz e Juan Krupoviesa; Battaglia, Gago (Ledesma), Bilos (Schelotto) e Insúa; Palacio (Delgado) e Palermo. Técnico: Alfio Basile.
PUMAS Bernal; Castro, Beltrán, Verón e Pineda; Palacios, Galindo, Leandro Augusto e Ailton (Iñiguez); Botero (Cardete) e Marioni. Técnico: Miguel España
Local: estádio La Bombonera, Buenos Aires (ARG) Árbitro: Carlos Amarilla (PAR). Cartões Amarelos: Ibarra, Abbondanzieri, Palacio e Palermo (B); Marioni (P) Gols: Palermo, aos 31 do primeiro tempo, Marioni, aos 9min do segundo tempo.
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