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  24/08/2005 - 23h45
Robinho cumpre promessa e Santos encosta no líder

Da Redação
Em São Paulo

Antônio Gaudério/Folha Imagem
Em noite apagada, Robinho se despede do Santos com vitória diante do Paysandu
"Espero poder deixar o Santos na liderança do Brasileiro". Robinho se despediu do Santos da forma com que prometeu: perto da liderança. Mesmo com atuação apagada do atacante, o clube paulista venceu o Paysandu por 3 a 2, de virada, no Mangueirão, depois de estar perdendo por dois gols, e agora divide a primeira colocação do Campeonato Brasileiro com o Corinthians.

A frase, dita pelo craque em julho, não foi seguida à risca, mas a equipe do técnico Gallo já aparece com a mesma pontuação do rival, 39, perdendo apenas no número de vitórias (12 contra 11).

Já o Paysandu permanece em situação deliciada e não consegue sequer deixar a zona do rebaixamento. O clube de Belém segue com 16 pontos e não sai da lanterna do Nacional-05.

Ao contrário de sua despedida da Vila Belmiro, quando marcou dois gols, Robinho não balançou as redes, mas contribui para a virada obtida com gols de Giovanni, Geílson e Zé Elias - dois deles no segundo tempo.

A segunda promessa da noite, porém, não pôde ser cumprida. No intervalo, Robinho garantiu que faria "o seu" na etapa completamentar. Ele chegou a esboçar algumas "pedaladas", contudo, foi contido pela forte marcação do volante Marabá.

"Ficaria triste se fizesse um gol e o Santos não saísse vitorioso. Agora é torcer para os companheiros continuarem bem aqui. Quero agradecer esse torcedor, que sempre me aplaudiu", acrescentou.

Ambos os times voltam a campo no próximo domingo. O Paysandu enfrenta o Fluminense, às 18h10, no Rio de Janeiro. O Santos recebe o Coritiba, no mesmo horário, na Vila Belmiro.

O jogo
Com a obrigação de vencer em casa, o Paysandu começou a partida encurralando o Santos no campo de defesa. Atuando pelas laterais, o time de Belém chegava com muito perigo ao ataque e só não abriu o placar pelas boas defesas do goleiro Saulo.

OS NÚMEROS DE ROBINHO

Ídolo precoce. Assim pode ser definido Robinho. Desde 24 de março de 2002, data de sua estréia como titular do Santos, o atacante precisou de pouco mais de três anos para escrever seu nome na história do clube.

Em 191 partidas disputadas, o jogador marcou 83 gols (0,43 de média) e se tornou o 25° maior artilheiro da extensa lista de craques que já passaram pela Vila Belmiro desde 1912.

O número de alegrias também supera de longe o de tristezas. Além de dois títulos nacionais (2002 e 2004), Robinho conquistou ainda um vice-campeonato da Libertadores (2003).

Desde seu primeiro jogo, na vitória por 2 a 0 sobre o Guarani, pelo Torneio Rio-São Paulo, o avante acumulou 109 triunfos, 42 empates e 40 derrotas. Veja fotos
A melhor delas surgiu aos 17min. Marabá ficou com a sobra da defesa na direita e chutou cruzado. O camisa 1 paulista, bem colocado, conseguiu espalmar pela linha de fundo e evitar o primeiro gol do confronto.

Até aos 22min, o Santos já havia perdido o zagueiro Ávalos e o atacante Diego, ambos machucados. Assim, o time bicolor voltou a assustar aos 24min. Após cobrança de escanteio, Róbson desviou de cabeça e Saulo fez ótima defesa.

Aos 32min, porém, o Paysandu abriu o placar. Depois de falta pela direita, Róbson subiu mais que o zagueiro Luiz Alberto e cabeceou no canto esquerdo de Saulo. Seis minutos mais tarde, o clube paraense ampliou, quando Marco Aurélio recebeu bola da esquerda, dominou e chutou rasteiro.

Quando o primeiro tempo caminhava para o final, o Santos conseguiu descontar. Aos 44min, Geílson deu belo passe para Giovanni, que, livre de marcação, apenas desviou na saída de Alexandre Fávaro.

"A marcação sobre mim está muito forte, mas é bastante leal. Vou tentar me movimentar mais no segundo tempo para escapar deles. Vai sair um [gol] meu agora", afirmou Robinho, que passou toda a etapa inicial sem concluir contra o gol.

Na volta do intervalo, o Santos retornou mais ligado. Assim como prometeu, Robinho passou a se movimentar mais no ataque e abriu espaços para Giovanni e Ricardinho encostarem.

Assim, o time não demorou a empatar. Aos 5min, Élton avançou pelo meio e serviu Geílson na área. O atacante bateu forte e acertou o canto direito da meta, sem chance de defesa. Aos 12min, o Paysandu quase fez o terceiro. Cléber avançou pela esquerda, invadiu a área e soltou a bomba para bela defesa de Saulo.

O gol da virada santista aconteceu aos 27min, quando a bola sobrou para Zé Elias na esquerda chutar no ângulo direito da meta para garantir a vitória do time da Vila Belmiro.

PAYSANDU
Alexandre Fávaro; Marco Aurélio, Marquinhos, Felipe Saad e Cléber (Leandro Eugênio); Vânderson, Marabá, Carlos Alberto (Gian) e Luiz Augusto e Rodrigo (Balão); Róbson
Técnico: Gílson Kleina

SANTOS
Saulo; Bóvio, Ávalos (Halisson), Luiz Alberto e Wendel; Zé Elias, Élton, Ricardinho e Giovanni (Flávio); Robinho e Diego (Geílson)
Técnico: Gallo

Local: estádio Mangueirão, Belém (PA)
Árbitro: Wagner Tardelli Azevedo(Fifa-RJ)
Auxiliares: Aristeu Leonardo Tavares (Fifa-RJ) e Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa-RJ)
Cartões amarelos: Marquinhos (P), Zé Elias (S), Bóvio (S), Halisson (S), Vânderson (P), Giovanni (S), Felipe Saad (P), Marco Aurélio (P), Luiz Augusto (P), Élton (S), Wendel (S)
Cartão vermelho: Felipe Saad (P)
Gols: Róbson, aos 32min, Marco Aurélio, aos 38min, e Giovanni, aos 44min do primeiro tempo; Geílson, aos 5min, Zé Elias, aos 27min do segundo tempo do segundo tempo

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