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  25/05/2005 - 23h41
Carrascos, Ceni e Cicinho eliminam Palmeiras

Marcius Azevedo e Renato Chu
Em São Paulo

Está virando rotina. Nos confrontos com o Palmeiras, o goleiro Rogério Ceni e o lateral-direito Cicinho têm feito a diferença. Foi assim também nesta quarta-feira, quando os dois confirmaram a fama de carrascos do clube do Parque Antarctica e garantiram ao São Paulo a vitória por 2 a 0.

Folha Imagem 
Cicinho comemora o segundo gol da vitória são-paulina; veja fotos da rodada
Este placar coloca o time do Morumbi entre os oito melhores times da Libertadores. O São Paulo havia vencido o primeiro confronto com o Palmeiras por 1 a 0, gol marcado por Cicinho, e precisava apenas de um empate nesta quarta para ficar com a vaga.

No entanto, graças a Rogério Ceni e Cicinho, o São Paulo conseguiu muito mais que um empate. O goleiro marcou o primeiro gol do jogo, o quarto dele contra o Palmeiras (time que mais vezes foi vazado pelo camisa 1).

Aos 48min do segundo tempo, Cicinho deu números finais ao jogo. Este foi o quarto gol do lateral-direito em cinco jogos com o Palmeiras (ele só não marcou na vitória por 3 a 0 neste ano, no Campeonato Paulista).

O gol de Cicinho ainda tem um significado histórico. Primeiro porque o camisa 2 completou 100 partidas com a camisa do São Paulo nesta quarta-feira. Além disso, ele ainda fez o gol de número 10.000 da Copa Libertadores.

CONFRONTOS DIRETOS
1974 - Palmeiras 0 x 2 São Paulo
1974 - Palmeiras 1 x 2 São Paulo
1994 - Palmeiras 0 x 0 São Paulo
1994 - Palmeiras 1 x 2 São Paulo
2005 - Palmeiras 0 x 1 São Paulo
2005 - Palmeiras 0 x 2 São Paulo
Com a classificação obtida nesta quarta-feira, o São Paulo confirmou a superioridade no retrospecto contra o Palmeiras na história da Libertadores. Esta foi a terceira vez que as duas equipes brigaram por uma vaga no torneio sul-americano (as outras foram em 1974 e 1994) e o time do Morumbi saiu vitorioso em todas.

Nas duas edições em que superou o Palmeiras, aliás, o São Paulo alcançou a decisão da Copa Libertadores. A notícia ruim para a torcida do clube do Morumbi é que a equipe foi derrotada em ambas (para o Independiente em 1974 e para o Vélez Sarsfield em 1994).

Para o Palmeiras, a derrota desta quarta-feira confirma a péssima fase ofensiva do clube do Parque Antarctica. A equipe dirigida por Paulo Bonamigo fez apenas um gol nas últimas seis partidas, na derrota por 2 a 1 para o Paraná Clube. Naquela ocasião, Gioino desperdiçou uma penalidade, o árbitro mandou voltar e Marcinho marcou na segunda oportunidade.

Nem mesmo os três reforços para o setor ofensivo resolveram os problemas ofensivos do Palmeiras. Juninho Paulista ainda não conseguiu marcar desde que chegou ao clube. Um pouco melhor, Marcinho e Washington balançaram as redes uma vez cada um.

CICINHO X PALMEIRAS
PlacarCompetiçãoGols SP
PAL 2 x 1 SPBrasileiroCicinho
SP 2 x 1 PALBrasileiroNildo e Cicinho
PAL 0 x 3 SPPaulistaTardelli, Ceni e Luizão
PAL 0 x 1 SPLibertadoresCicinho
SP 2 x 0 PALLibertadoresCeni e Cicinho
Nas quartas-de-final da Libertadores, o São Paulo enfrentará o vencedor do confronto entre Tigres-MEX e Once Caldas-COL, atual campeão do torneio. As duas equipes empataram por 1 a 1 no primeiro jogo, em Manizales, e voltam a se encontrar nesta quinta-feira.

O primeiro jogo das quartas-de-final acontecerá no dia 1º de junho (próxima quarta-feira). Se o adversário for o time mexicano, o São Paulo decide a vaga fora de casa. Já se for o algoz do ano passado, a decisão será no Morumbi.

Antes disso, contudo, São Paulo e Palmeiras voltam suas atenções para o Campeonato Brasileiro. O time do Morumbi entra em campo no sábado, às 18h10, quando recebe o Cruzeiro. A equipe do Parque Antarctica faz no domingo, dentro de casa, o clássico com o Santos.

O jogo
Com forte marcação sobre a saída de bola do São Paulo, o Palmeiras começou o confronto desta quarta-feira com domínio territorial e mais equilíbrio ofensivo. O time da casa, perdido, não conseguiu ultrapassar a intermediária.

Em grande parte, a inoperância ofensiva do São Paulo devia-se à forte marcação sobre Danilo, único homem de criação do meio-campo. Prova disso é que, quando o camisa 10 apareceu, o time do Morumbi criou um lance de perigo. O meia fez excelente jogada pela esquerda aos 5min e cruzou na segunda trave. Mineiro tocou de cabeça e a bola encontrou o travessão de Marcos.

Animado por este lance, o São Paulo começou a encontrar espaços na marcação do Palmeiras e assumiu o controle do jogo. Porém, assim como o adversário havia feito enquanto estava melhor em campo, o time do Morumbi não conseguiu criar lances de perigo para o gol defendido por Marcos.

O Palmeiras ainda assustou em jogada individual do lateral-esquerdo Lúcio. Aos 32min, o camisa 6 driblou Cicinho duas vezes e bateu cruzado. Rogério Ceni teve muito trabalho para espalmar e desviar para a lateral.

"Foi um jogo de muita marcação. As duas equipes se preocuparam em neutralizar os pontos fortes do rival e foram muito cautelosas. Vamos ver se aparecem mais espaços no segundo tempo", analisou o volante Magrão no intervalo.

Os espaços esperados por Magrão só começaram a aparecer depois dos 9min, quando o volante Josué segurou Juninho Paulista pela camisa e foi expulso. Para aumentar ainda mais o domínio no meio-campo, o técnico Paulo Bonamigo abdicou do esquema 3-5-2 e trocou o zagueiro Gabriel pelo meia Cristian.

ROGÉRIO SUPERA MARCOS
Além da classificação que ajudou o São Paulo a conseguir no Morumbi, o goleiro Rogério Ceni obteve outro feito. Ele marcou seu oitavo gol no ano e igualou seu recorde pessoal, que foi alcançado em 2000. O goleiro são-paulino ainda mostrou desempenho mais segurou que Marcos, que levou três gols nos dois confrontos pelas oitavas-de-final da Libertadores. Leia mais
E se a idéia de Bonamigo era dominar o meio-campo, a alteração foi totalmente errada. Depois disso, o São Paulo assumiu o controle do jogo e criou as melhores oportunidades. Foi assim aos 14min, quando Júnior chutou cruzado de fora da área e a bola passou à esquerda de Marcos. Cinco minutos depois, Júnior cruzou da esquerda, Luizão apareceu na segunda trave e tocou por cima do travessão.

De tanto insistir, o São Paulo inaugurou o marcador aos 36min. Diego Tardelli puxou contra-ataque pela direita, invadiu a área e driblou o volante Correa. Caído, o camisa 7 do Palmeiras colocou a mão na bola e cometeu o pênalti. Na cobrança, Rogério Ceni tocou no meio do gol de Marcos, que não conseguiu defender.

Em desvantagem, o Palmeiras se lançou ao ataque. E foi castigado aos 48min, quando Cicinho cobrou falta de longa distância e, em um chute rasteiro, acertou o canto esquerdo de Marcos, que chegou atrasado para evitar o gol que sacramentou a classificação tricolor.

SÃO PAULO
Rogério Ceni; Cicinho, Fabão, Lugano e Júnior; Renan, Mineiro (Edcarlos), Josué e Danilo; Grafite (Diego Tardelli) e Luizão (Alê)
Técnico: Paulo Autuori

PALMEIRAS
Marcos; Nen, Daniel e Gabriel (Cristian); Correa (Ricardinho), Alceu, Magrão, Juninho Paulista e Lúcio; Marcinho e Washington (Osmar)
Técnico: Paulo Bonamigo

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Árbitro: Sálvio Spínola Fagundes Filho (Brasil)
Auxiliares: Ednílson Corona e Ana Paula de Oliveira (ambos do Brasil)
Público: 60.395
Renda: R$ 1.160.537,00
Cartões amarelos: Gabriel (P), Magrão (P), Luizão (S), Nen (P), Grafite (S), Rogério Ceni (S), Correa (P), Cristian (P)
Cartões vermelhos: Josué (S)
Gols: Rogério Ceni, aos 36min, Cicinho, aos 48min do segundo tempo


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