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  16/12/2004 - 09h44
Santos não tem Washington, mas ostenta ataque avassalador

Bruno Freitas e Gabriel Fortes
Enviados especiais do UOL
Em São José do Rio Preto

Quem analisar a campanha do líder Santos no Campeonato Brasileiro, às vésperas da definição do titulo, não encontrará a figura de um artilheiro destacado, que exiba uma média de gols impressionante e que carregue o time até as vitórias.

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Elano é um dos responsáveis pelo bom rendimento ofensivo do Santos em 2004
O Atlético Paranaense, principal rival do Santos durante boa parte do Campeonato Brasileiro e única equipe que pode evitar que a taça acabe na Vila Belmiro, conta com os gols de Washington na briga pelo título. O atacante é o artilheiro disparado da competição, com 33 gols marcados.

Na contramão do rival, o Santos se gaba de ter a força ofensiva divida para ter o melhor ataque da competição, com 101 gols marcados. O detalhe que salta aos olhos na análise deste desempenho é que cinco jogadores do elenco alvinegro têm dez ou mais gols marcados na competição.

Na frente aparecem Deivid e Robinho, com 21 gols marcados. A dupla de atacantes têm seis a mais que Elano e Basílio e 11 de vantagem sobre Ricardinho.

"O meus times sempre jogam para fazer gols. Sempre jogamos para frente. Aqui no Santos esse trabalho não foi diferente. Num campeonato de pontos corridos não podemos pensar em outra coisa que não seja a vitória", se orgulha o técnico Wanderley Luxemburgo.

A soma do desempenho dos cinco jogadores dá 82 gols, cerca de 80% da produção ofensiva do Santos no Brasileiro. Entre os times que disputam a competição, apenas o Atlético Paranaense tem ataque mais prolífico do que o quinteto de frente alvinegro.

Afastado da reta final do Brasileiro por problemas pessoais, Robinho poderia ter contribuído com mais alguns gols na campanha santista. Por sua vez, Deivid reclama que poderia estar mais adiante na tabela de artilheiros, caso não tivesse tantos gols anulados pela arbitragem na competição. Na conta do atacante foram oito.

"Era para eu estar brigando pela artilharia com o Washington, se não fossem os oito gols anulados", lamenta o artilheiro santista.

Folha Imagem 
Washington é o maior artilheiro da história do Brasileiro, com 33 gols na competição
Em seguida, mesmo na condição de reserva, ou de 12º titular do time de Wanderley Luxemburgo, Basílio computa 15 gols no Brasileiro. Elano, que no Santos já atuou de meia a lateral, de atacante a volante, também se mostra versátil na tarefa de chegar às redes e soma a mesma quantidade.

Finalmente aparece Ricardinho, que nunca foi um jogador marcado pelos gols, mas soma dez no Brasileiro de 2004. O desempenho é ainda mais impressionante, se levado em conta que o meia foi às redes apenas quatro vezes no um ano e meio que envergou a camisa do São Paulo.

"Eu nunca joguei para fazer tantos gols, como fiz aqui no Santos. É resultado do trabalho da equipe. Todo mundo tem se destacado ultimamente", afirma Ricardinho. "E eu cheguei a fazer o gol mais bonito da minha carreira, contra o Juventude", elege o meia, citando o chute de longa distância na vitória em Caxias do Sul.

Os artilheiros santistas podem ainda alcançar um feito histórico. Na partida final contra o Vasco, válida pela 46ª rodada do Brasileiro, o Santos pode igualar ou mesmo superar o recorde de gols de uma equipe numa única edição da competição.

Em 2003, o campeão Cruzeiro encerrou a campanha vitoriosa com a marca de 102 gols, apenas um a mais que o Santos de 2004.

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