| 12/12/2004 - 11h03 Nos pênaltis, Porto vence Once Caldas e é campeão mundial interclubes Da Redação Em São Paulo | | Jogadores do Porto comemoram o 2º título mundial da história do clube | O Porto conquistou pela segunda vez na sua história o título do Mundial Interclubes. Na manhã deste domingo, em Yokohama, o time dos brasileiros Diego, Luís Fabiano, Carlos Alberto, Derlei e Pepe bateu o Once Caldas, da Colômbia, por 8 a 7 nos pênaltis, depois de empates sem gols no tempo normal e na prorrogação, e repetiu o feito realizado em 1975.
Esta foi a segunda vez que o Porto chegou à final do Mundial. Em 1987, a equipe venceu o Peñarol, do Uruguai, por 2 a 1. Após empate por 1 a 1 no tempo normal, Madjer, no segundo tempo da prorrogação, fez o gol do título português.
Para conquistar o direito de ir à Yokohama, o Porto precisou vencer a Liga dos Campeões. Na final da principal competição de clubes do continente europeu, o time português bateu o Monaco, da França, por 3 a 0.
| | Atletas do Once Caldas não escondem a decepção após a derrota no Japão | Já o Once Caldas derrubou equipes brasileiras no seu caminho rumo ao título inédito da Copa Libertadores, passando pelo Santos, nas quartas-de-final, e pelo São Paulo, na semi. Na decisão, desbancou o favorito Boca Juniors nos pênaltis, após dois empates.
De acordo com a Fifa, entidade que rege o futebol mundial, esta foi a última edição do Mundial Interclubes disputado em apenas um jogo no Japão. A partir de 2005, o torneio contará com o campeões dos seis continentes.
O Mundial Interclubes começou a ser disputado em 1960, à época, em jogos de ida-e-volta. A partir de 1980, o duelo ganhou o formato atual, com apenas uma partida, sempre no Japão, primeiro em Tóquio, depois em Yokohama, desde 2002.
Desde que passou a acontecer no Japão, o Mundial Interclubes demonstrou total equilíbrio, com 12 vitórias para cada continente. Com o fim da partida no país asiático, os europeus passam a ter vantagem, com 13 vitórias contra 12 derrotas.
Exatos 150 gols foram marcados o Mundial Interclubes, com os sul-americanos liderando com uma vantagem apertada, 76 a 74. O primeiro gol da partida decisiva foi marcado por uma das lendas do futebol mundial, Ferenc Puskas, dia 4 de setembro de 1960, na goleada por 5 a 1 do Real Madrid, da Espanha, sobre o Peñarol, de Uruguai, pela segunda jogo-de-volta. O primeiro encontro, em Montevidéu, houve empate sem gols.
O Milan terminou o Mundial Interclubes como o clube europeu que mais disputou finais, com sete aparições. Os italianos lideram entre os europeus, com 12 aparições. Já os argentinos estiveram 18 vezes na partida decisiva, tendo o Independiente como recordista (seis finais).
Milan, Real Madrid, Boca Juniors, Peñarol e Nacional de Montevidéu foram os times que mais vezes conquistaram o título mundial, levantando a taçã em três oportunidades.
O jogo
| | Os brasileiros Diego, Carlos Alberto e Luís Fabiano festejam a conquista do Porto | O Porto foi melhor durante toda a partida. No primeiro tempo, McCarthy teve um gol anulado corretamente pela arbitragem. Luís Fabiano também teve chance de marcar, mas carimbou a trave.
Na segunda etapa, o grande nome do jogo foi o goleiro Henao. Com boas defesas, ele salvou sua equipe da derrota. McCarthy, mais uma vez, foi o jogador mais perigoso, carimbando o travessão em um tiro de fora da área e marcando um gol, desta vez anulado de fora errada pelo árbitro.
Com o empate sem gols, a decisão do Mundial Interclubes foi para a prorrogação. O que se viu foi o Once Caldas se defendendo e cansando ainda mais o Porto, que não teve forças para marcar. Com nova igualdade, a "loteria" dos pênaltis foi decidir quem seria o campeão.
As penalidades também foram marcadas pela emoção. O meia brasileiro Diego empatou para o Porto por 1 a 1 e, após o gol, provocou o goleiro Henao. Por causa da atitude, o ex-jogador do Santos foi expulso e não pôde ficar com seus companheiros no gramado.
| | Pedro Emanuel bate o pênalti no canto direito, dando o título mundial ao Porto | Nenhum atleta errava até que Maniche carimbou o travessão. Pablo tinha oportunidade de dar o título ao Once Caldas, mas acertou a trave direita e desperdiçou a chance de título.
O empate persistiu até o 7 a 7, quando Garcia perdeu para o Once Caldas. A decisão ficou no pé direito de Pedro Emanuel, que colocou do lado direito de Henao e garantiu ao Porto o segundo título mundial de sua história.
PORTO Vitor Baia (Nuno Santos); Yourkas Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Francisco Costinha, Maniche e Diego; Derlei (Carlos Alberto), Benni McCarthy e Luís Fabiano (Ricardo Quaresma) Técnico: Víctor Fernández
ONCE CALDAS Juan Carlos Henao; Miguel Rojas, Samuel Vanegas, Roller Cambindo e John Garcia; John Viafara, Ruben Dario Velasquez, Diego Arango (Jefrey Diaz), Jonathan Fabbro e Elkin Soto (Herly Alcazar); Antonio De Nigris Técnico: Luis Fernando Montoya
Data: 12/12/2004 (domingo) Local: estádio de Yokohama (Japão) Público: 45.748 pagantes Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai) Auxiliares: Amelio Andino (Paraguai) e Winston Reategui (Peru) Cartões amarelos: Diego, Jorge Costa, Seitaridis (P), Arango, Fabbro, De Nigris (O) Cartão vermelho: Diego (P) |