! Mesmo sem brilhar, Kaká consuma sucessão de Rivaldo - 01/04/2004 - UOL Esporte - Futebol

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  01/04/2004 - 14h02
Mesmo sem brilhar, Kaká consuma sucessão de Rivaldo

Daniel Tozzi
Enviado especial do UOL
Em Assunção (Paraguai)

O técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira, apontou a falta de confiança de seus comandados como uma das razões do empate sem gols fora de casa contra o Paraguai, quarta-feira, pelas eliminatórias para a Copa do Mundo. Mas, em Kaká, ele já vê confiança de sobra. A ponto de praticamente sacramentar a sucessão de Rivaldo.

AFP 
Kaká não brilha contra o Paraguai, mas assume vaga de Rivaldo na seleção
Contra os paraguaios, o queridinho da torcida do Milan, da Itália, teve atuação pouco inspirada. Mas, ao fazer seu primeiro jogo oficial como titular ao lado de Ronaldo e Ronaldinho Gaúcho - a estréia do "trio de ouro" foi no empate também sem gols contra a Irlanda -, o ex-jogador do São Paulo passou a ocupar de vez todos os espaços, dentro e fora de campo, de seu antecessor com a camisa 10 amarela, o hoje desempregado ex-astro de Corinthians, Palmeiras, Barcelona e do próprio Milan.

"(Kaká) deixou de ser aquele menino, aquele garoto, e está se tornando um homem, um jogador dos mais competentes do futebol mundial. Isso é bom para a seleção brasileira. Num momento em que você não pode contar com o Rivaldo, tem um Kaká surgindo de uma maneira muito positiva", avaliou Parreira.

Enquanto um dos principais responsáveis pelo pentacampeonato contava com o fim dos problemas pessoais para recuperar seu futebol e ter mais espaço no Milan, Kaká chegou ao clube italiano atropelando e, conseguiu, em poucos meses, o que Rivaldo perseguia há uma temporada: a condição de titular e o posto de ídolo da torcida.

"O amadurecimento veio na hora certa. Ele (Kaká) está encontrando neste momento a tranqüilidade, a confiança para arriscar a jogadas, errar e manter o mesmo ritmo", elogiou o técnico da seleção, que impôs ao garoto-sensação uma caminhada mais longa que Carlo Ancelotti, treinador do Milan.

Mesmo como uma das últimas opções para o ataque do Milan, onde Kaká já havia se firmado, Rivaldo seguia titular e prestigiado por Parreira. Mas as rescisões contratuais consecutivas do veterano com o time italiano e com o Cruzeiro fizeram o tetracampeão excluí-lo das duas últimas listas. Foi a deixa que Kaká precisava para entrar de vez no time.

"As coisas que aprendi taticamente (na Itália) foram fundamentais para o meu crescimento", disse Kaká, que comemora também a distância das vaias e cobranças sistemáticas que recebia nos seus últimas dias no Morumbi. "O reconhecimento é impressionante. É muito gostoso você sair na rua e os torcedores de vários clubes, reconhecerem o que você está fazendo. É uma coisa que emociona", afirmou.


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