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   23h38 - 02/07/2003

Boca Juniors bate Santos e garante a sua quinta Libertadores

MBPress
Em São Paulo

A América é azul e amarela mais uma vez. Depois de vencer o Santos por 3 a 1, em pleno estádio do Morumbi, o Boca Juniors, da Argentina, conquistou a Copa Libertadores da América pela quinta vez na sua história. As outras aconteceram em 1977, 1978, 2000 e 2001.

Os autores dos gols do título foram o jovem Tevez, aos 21min do primeiro tempo, o atacante Delgado, aos 39min do segundo tempo, e o zagueiro Schiavi, de pênalti, já nos acréscimos. Alex chegou a empatar para o Santos a 15 minutos do final, mas o time não chegou perto da virada.

AFP
Paulo Almeida chora e é consolado após a derrota santista

No jogo de ida, disputado no estádio La Bombonera, na quarta-feira passada, o time argentino venceu a partida por 2 a 0. Delgado, que havia feito aqueles dois gols e hoje guardou mais um, terminou a competição como artilheiro, ao lado do santista Ricardo Oliveira -ambos marcaram nove vezes.

Ricardo Oliveira, assim como os astros Diego e Robinho, não esteve inspirado. Diego foi muito bem marcado pelo Boca, enquanto Robinho mais uma vez tentou dribles inúteis e foi pouco eficiente em campo.

Essa foi a quarta vez que o treinador Carlos Bianchi levantou o caneco do torneio mais importante do continente, tornando-se o treinador mais vitorioso. As outras oportunidades foram em 2000 e 2001, pelo próprio Boca, e em 1994, pelo Vélez Sarsfield.

O mais curioso é que três destas conquistas aconteceram no estádio do Morumbi. Além da de hoje, o Vélez de Bianchi derrotou o São Paulo em 1994 e, em 2000, foi a vez do Palmeiras ser derrotado. Em 2001, o Boca levantou o troféu no seu próprio estádio, depois de vencer o Cruz Azul, do México.

Com a conquista da Libertadores, o time de Buenos Aires ganhou o direito de representar o continente no Mundial Interclubes, que acontecerá em dezembro, no Japão. O adversário será o Milan, da Itália, que venceu a Liga dos Campeões da Uefa.

Folha Imagem
Técnico Carlos Bianchi levanta a Copa Libertadores da América pela quarta vez

O jogo
O Santos entrou em campo com dois desfalques: o treinador Emerson Leão não pôde contar com o lateral Reginaldo Araújo, suspenso pela expulsão no jogo de Buenos Aires, e o meia Elano, contundido. Wellington ganhou a vaga na defesa, enquanto Fabiano entrou no meio.

No Boca, a única dúvida durante toda a semana foi quanto a recuperação do atacante Guillermo Schelotto. Como o atleta não foi liberado pelo departamento médico, Villareal ficou com a vaga.

O time brasileiro começou a partida tentando pressionar o adversário e criou duas chances nos primeiros minutos: aos 3min, Ricardo Oliveira bateu e o goleiro Abbondanzieri defendeu em dois tempos. Três minutos mais tarde, Alex aproveitou a cobrança de escanteio e cabeceou para o argentino Villareal salvar na linha.

O Boca se arriscou pela primeira vez ao ataque aos 9min, quando o atacante Delgado arriscou um chute de fora da área e a bola passou muito perto da trave direita de Fábio Costa.

A resposta do Santos aconteceu depois de um vacilo da arbitragem: em posição irregular, o habilidoso Robinho aproveitou cruzamento de Léo ecabeceou rente à trave direita do goleiro.

Depois de agüentar a pressão inicial, o time argentino passou a cadenciar o jogo e a aproveitar as falhas adversárias para atacar. E foi após um erro do zagueiro Alex que saiu o primeiro gol da partida: o jovem Tevez fez uma linda tabela com o volante Battaglia e balançou a rede para o Boca Juniors.

O inesperado tento argentino esfriou a torcida e o time do Santos, que não assustou mais o goleiro Abbondanzieri na primeira etapa. Leão ainda tentou deixar o time mais ofensivo ao colocar Nenê no lugar do lateral Wellington logo aos 29min.

No último lance agudo da primeira etapa, depois de outro contra-golpe, o Boca quase ampliou a vantagem aos 36min, com Delgado arriscando um chute de fora da área e a bola passando por cima.

As duas equipes voltaram do intervalo com as mesmas formações e o Boca continuou exercendo uma marcação muito forte, sem deixar o Santos criar oportunidades de finalização.

O primeiro lance da segunda etapa aconteceu apenas aos 9min, quando Renato arriscou um chute de longa distância e Abbondanzieri espalmou.

O Boca quase complicou de vez a vida dos brasileiros aos 12min, quando o experiente Delgado deu um bom passe para Tevez bater e Fábio Costa fazer grande defesa.

Dois minutos mais tarde, foi a vez do Santos levar perigo: Renato recebeu bom passe pela direita e bateu cruzado para o atacante Ricardo Oliveira desviar a bola por cima do gol.

O zagueiro Alex se arriscou ao ataque aos 22min. Ele recebeu bom passe de Renato, entrou na área e bateu para a bola passar tirando tinta do travessão. No minuto seguinte, Leão resolveu trocar de atacante e colocou o jovem Douglas no lugar de Ricardo Oliveira.

Sem conseguir entrar na área adversária com a bola dominada, o Santos buscou o empate em um chute de longe: aos 30min, o zagueiro Alex soltou a bomba e se redimiu da falha no primeiro gol argentino.

Depois do gol, a torcida cresceu e o Santos viveu seu melhor momento, passando a atacar na base do abafa. O time só ameaçou virar a partida aos 34min, quando o atacante Nenê arriscou um chute e goleiro bateu-roupa, mas a zaga afastou no rebote.

Quando o Santos mais pressionava, aos 39min, o meia Fabiano perdeu uma bola infantil na intermediária e a bola foi lançada para Delgado, sozinho no ataque. O atacante saiu do seu campo de defesa para pegar a bola, então não estava em impedimento.

Ainda na intermediária e cercado por Fábio Costa, que saiu desesperado do gol, Delgado teve calma, calculou e bateu com precisão para o gol vazio. Naquele momento, o segundo gol simbolizava o título para o Boca.

Nos acréscimos, Fábio Costa ainda cometeu pênalti violento em Jerez. Aos 49min, o zagueiro Schiavi cobrou com perfeição e carimbou o quinto título continental para o time argentino.

SANTOS
Fábio Costa; Wellington (Nenê), Alex, André Luís e Léo; Paulo Almeida, Renato, Fabiano e Diego; Robinho e Ricardo Oliveira (Douglas)
Técnico: Emerson Leão

BOCA JUNIORS
Abbondanzieri; Ibarra, Schiavi, Burdisso e Rodriguez; Battaglia, Cascini, Cagna (Caneo) e Villareal (Jerez); Delgado e Tevez (Cangele)
Técnico: Carlos Bianchi

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Auxiliares: Fernando Cresci (Uruguai) e Wálter Rial (Uruguai)
Público: 74.395 pagantes
Renda: R$ 1221.687,00
Cartões amarelos: Léo, Fabiano, Fábio Costa (Santos); Cascini, Abbondanzieri (Boca Juniors)
Gols: Tevez, aos 21min do primeiro tempo; Alex, aos 30min, Delgado, aos 39min, e Schiavi, aos 49min do segundo tempo

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