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   15h56 - 10/06/2002

Fluminense sonha com título baiano depois de 33 anos

Lancepress!
No Rio de Janeiro

O técnico Hugo Aparecido, do Fluminense, de Feira de Santana, acredita que sua equipe está preparada para ser campeã baiana. Ele disse que seus comandados têm condições de arrancar a classificação no Barradão, contra o Vitória, e ganhar o título nas duas partidas finais do Campeonato Baiano.

O Vitória tem 17 pontos e o Fluminense 14 pontos ganhos. Segundo o técnico, a vontade de conquistar um título é grande. O Flu foi campeão baiano duas vezes, a última foi em 1969.

Hugo assumiu o comando do time do Fluminense já no Estadual em substituição ao técnico Zé Carlos Amaral, que dirigiu o time no Campeonato do Nordeste e o levou à inédita quinta colocação no Campeonato do Nordeste. Hugo era auxiliar de Zé Carlos, que foi demitido porque o time começou mal a campanha do Estadual.

Ele já tem a equipe definida, que deverá ser esta, como um grande desfalque, o experiente zagueiro Jorginho, irmão de Júnior Baiano: Marcone; Eto, Rodnei, Maurício e Matarazzo; Gilmar, Pingo, Gama e Janílson; Gama e Hailton.

Rodnei será o substitudo de Jorginho, que está se recuperando de uma contusão e Maurício volta à zaga, depois de cumprir suspensão por terceiro cartão amarelo.

A base do time do Fluminense, de Feira, foi montada com jogadores da equipe do Juazeiro, que foi duas vezes consecutivas vice-campeão baiano, em 2000 e 2001.

A maioria do elenco é formada por jogadores baianos. O próprio técnico, Hugo, nasceu em Feira de Santana. Ele começou a jogar no Fluminense, atuou pelo Vitória, em clubes mexicanos por 15 anos e no Botafogo, do Rio. A carreira de técnico foi iniciada num clube da segunda divisão do México.

Hugo Aparecido avisa que sua equipe joga num 4-4-2 e costuma envolver o adversário com um bom e tranquilo toque de bola. Lembrou que nos últimos confrontos com o Vitória, o Flu perdeu de 3 a 0, no Barradão, no Campeonato do Nordeste, e empatou em Feira, em 0 a 0, pelo Estadual.

O treinador espera que sua equipe tenha tirado experiência para derrotar o Vitória quarta-feira de dois confrontos recentes: na vitória sobre o Bahia, na Fonte Nova, por 3 a 2, depois de estar perdendo por 2 a 0, e na derrota para o Vitória, no Barradão, por 3 a 0, no Campeonato do Nordeste.

O Fluminense, desde a sua fundação, há 61 anos, foi campeão baiano duas vezes, em 63 e 69, e foi vice-campeão cinco vezes. Seu presidente Balbino Santana, empresário do ramo da construção civil e da suinocultura, em Salvador e Feira, disse que investe no clube por prazer.

Confessa-se torcedor fanático do clube tricolor do interior baiano e garante que não tem qualquer pressa em ter de volta o que aplicou. Para ele, o maior retorno que pode ter é ver o clube campeão e bastante conhecido.

Balbino lembra que a maioria do seu elenco já vem sendo cobiçada por outros clubes, mas ele vai fazer tudo que puder para segurar seus jogadores. Apesar de estar prevendo prejuízos com a notoriedade do seu time.

O dirigente fala com orgulho que o Fluminense paga em dia a todo o time e revela que a folha de pagamento não chega a preocupar, pois tudo é feito com planejamento e racionalidade. O teto salarial do Fluminense é R$ 6 mil e os jogadores que ganham menos retiram a cada final de mês cerca de R$ 1mil.

Os bichos são pagos com base no salário mínimo. Por vitória cada jogador recebe um salário mínimo e dependendo da campanha do time e das possibilidades financeiras, além da importância da vitória, a gratificação pode ser aumentada.


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