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Técnico da Inglaterra valoriza goleada sobre o Irã, mas alerta sobre gols sofridos

Gareth Southgate, técnico da seleção inglesa, em partida contra o Irã, na estreia pela Copa do Mundo 2022 - Eddie Keogh - The FA via Getty Images
Gareth Southgate, técnico da seleção inglesa, em partida contra o Irã, na estreia pela Copa do Mundo 2022 Imagem: Eddie Keogh - The FA via Getty Images

21/11/2022 15h44

Classificação e Jogos

Está bom, mas poderia ser melhor, foi essa a impressão do técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, após a goleada aplicada pela sua equipe sobre o Irã, na estreia da Copa do Mundo, nesta segunda-feira (21), em Doha, no Qatar. Os ingleses venceram os iranianos por 6 a 2.

Mesmo tendo marcado seis vezes, Southgate se incomodou com os dois gols sofridos, ainda que ambos não tenham comprometido o triunfo dos Três Leões. Na primeira vez que o Irã marcou, a Inglaterra já vencia por 4 a 0. A segunda foi no último lance da partida, somente definindo o resultado final. Ambos os tentos foram anotados por Taremi.

"Não gostei do fim do jogo, do jeito que tomamos dois gols. Precisamos melhorar contra os Estados Unidos. Eu não gosto de jogos como esse, com alternâncias. Não podemos repetir isso em um torneio como esse. Mas, claro, foi um bom começo para nós", disse Southgate em entrevista coletiva após o triunfo.

Porém, o próprio técnico inglês reconheceu o excesso de cobrança, mas justificou que entende que a sua obrigação é 'manter o time no caminho certo'.

"Teremos que estar certos em nosso jogo contra os Estados Unidos. É um ótimo começo, mas teremos que ser melhores. Perdemos a concentração e, quando tocamos em um ritmo mais lento, não fomos tão eficazes. Sou um miserável, deveria estar mais animado, mas teremos que ser melhores", destacou.

Protestos

Gareth Southgate também falou sobre questões extracampo. Segundo o treinador, os jogadores não estiveram envolvidos na decisão da Inglaterra de recuar sobre o uso da braçadeira de capitão com o símbolo da campanha 'OneLove', que, em português, significa 'amor livre'.

Os ingleses, assim como as outras seis seleções, levariam a logomarca da campanha, com um arco-íris dentro de um coração, mas decidiram não fazer após a Fifa ameaçar punir os jogadores com cartões amarelos.

"Eu não conversei com ninguém da Fifa. Nós entendemos que há várias questões e falamos sobre isso nos últimos 12 meses, mas isso é Copa do Mundo. Nós não vamos nos recusar a responder qualquer questão, mas nossa energia deve se voltar para os jogos", comentou o comandante da seleção inglesa.

Southgate também comentou sobre a decisão dos jogadores ingleses de se ajoelharem antes da bola rolar. A atitude foi tomada durante a maior parte do ciclo da Copa do Mundo, mas que os jogadores deixaram de fazer nos últimos jogos antes do Mundial. Ainda assim, o técnico da Inglaterra não disse que a ação tenha a ver com os protestos dos iranianos contra o governo local por conta da forte repressão religiosa.

"Nós acreditamos que podemos fazer a diferença na igualdade e na inclusão para jovens do nosso país e do mundo inteiro. Não houve nada em relação ao Irã. Acho que não entendemos muito sobre isso. Acho que Carlos (Queiroz) e seus jogadores podem falar melhor", disse Southgate.

"Nós não sabemos tanto para falar com autoridade. Nós fazemos o que entendemos que possa ser uma influência positiva para jovens. Jogadores de uma seleção dando voz a essa discussão podem fazer a diferença para as próximas gerações", concluiu o treinador.

A Inglaterra volta a campo nesta sexta-feira (25), às 16h (horário de Brasília), quando enfrenta os Estados Unidos pela segunda rodada do Grupo B. Uma vitória contra os estadunidenses pode encaminhar ou até mesmo garantir a classificação dos ingleses às oitavas de final.