Topo

Santos

Lisca lamenta Santos 'pouco agressivo' e se diz surpreso com América-MG

14/08/2022 20h52

O técnico Lisca lamentou a "pouca agressividade" do Santos na derrota por 1 a 0 para o América-MG, no Independência, pela 22ª rodada do Brasileiro. Na coletiva de imprensa, o comandante do Peixe também exaltou a posse de bola da equipe e revelou ter ficado surpreso com o estilo de jogo de seu ex-clube no duelo.

"Acho que foi a tônica do jogo. A gente insistindo, com a bola. Tivemos 61% de posse. Trocamos 539 passes. O América mudou sua característica. Marcou individual, deu a bola e contra-atacou. Eles foram eficazes, principalmente depois do gol. Até ali estava bem", avaliou Lisca.

O tento do time da casa aconteceu aos 13 minutos da etapa inicial. "Como fizeram um gol cedo, a estratégia deles encaixou bem na decorrência do jogo. Foi uma surpresa o América jogar tão baixo e com pouca posse de bola, ao contrário de quando eu estava aqui", completou.

O técnico de 50 anos esteve à frente do clube mineiro entre janeiro de 2020 e junho de 2021.

"Depois do gol, erramos na cobertura. Pedrinho foi muito feliz na conclusão. O jogo ficou como o América queria. Bola para a gente, eles jogando no nosso erro. Tentamos, estava difícil de entrar por dentro. Tentamos pelas beiradas, muitos cruzamentos. Tivemos uma chance com o Braga, com o Marcos Leonardo", continuou o treinador.

Lisca opinou que o Santos não conseguiu impor intensidade para furar a marcação do Coelho e também elogiou a dupla de zaga adversária.
"Maidana e o Eder conseguiram controlar bem o nosso jogo. Nas bolas paradas não fomos eficientes, não conseguimos transformar em gol, era um critério importante, até pela maneira que o América se postou. Não conseguimos ser tão agressivos, fazer o Cavichioli trabalhar muito", disse.

"Acho que é uma combinação dessas duas coisas e nós não conseguimos sair dessa armadilha. Eles ficaram perigosos até o fim, nos contra-ataques. Eles não tiveram grandes chances, só no fim do primeiro tempo e no fim do jogo" ponderou.

Buscando dar mais ânimo ao time e melhorar na criação, o treinador do Peixe mexeu na equipe na segunda etapa, colocando Sandry, Ângelo, Luan, Camacho e Angulo. O técnico adversário, Vagner Mancini, também mexeu na equipe.

"O Mancini começou a botar jogadores descansados, como o Wellington, Matheuzinho, Felipe, Alê. Além de contra-atacar melhor, continuaram com um bloqueio eficiente, os extremos muito baixos", concluiu.

Com o resultado, o Santos perdeu a invencibilidade sob o comando do novo treinador. Além disso, foi ultrapassado pelo América-MG na tabela. Com 30 pontos conquistados em 22 rodadas, o Peixe ocupa atualmente a décima posição no Brasileiro, única competição que restou para a equipe na temporada.

O Alvinegro praiano volta a campo novamente apenas no próximo domingo (21), no clássico contra o São Paulo, na Vila Belmiro.

Santos