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ANÁLISE: Palmeiras é um time letal até mesmo quando o cansaço é protagonista

14/08/2022 06h00


O Palmeiras venceu o Corinthians por 1 a 0 em Dérbi válido pela 22ª rodada do Brasileirão-2022. O excelente resultado fora de casa fez o time disparar nove pontos em relação ao rival na tabela do campeonato. Mas quem viu o jogo sabe que a intensidade palmeirense não foi a mesma que tem marcado a equipe nesses últimos anos. Mesmo assim, segue sendo letal e levou os três pontos.

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Não é exagero dizer que o Verdão entrou em campo bastante satisfeito com um empate. Não foram poucas as vezes em que Weverton ou outros jogadores buscaram "gastar" o tempo em bolas paradas, tiros de meta, laterais... Isso ainda no primeiro tempo. Era bem nítido que a tentativa era de controlar a partida assim.

E o motivo não era apenas jogar em um ambiente "hostil" como costuma ser a Neo Química Arena para os visitantes, mas também o desgaste físico depois de enfrentar uma batalha épica contra o Atlético-MG, pela Libertadores, na última quarta-feira. Com duas expulsões, os jogadores precisaram se desdobrar para segurar o 0 a 0 e levar para a disputa por pênaltis, na qual o Alviverde se sobressaiu.

Ou seja, o Palmeiras entrou em campo para disputar um Dérbi menos de 72 horas depois de uma "epopeia" e ainda utilizou praticamente todo o time titular daquele dia, com exceção de Marcos Rocha e Gustavo Scarpa (um ficou no banco e o outro nem foi relacionado). Evidentemente o rendimento da equipe não seria com a mesma intensidade com a qual ficou conhecida com Abel Ferreira.

O cansaço acabou sendo protagonista e impediu que o time fizesse algo muito diferente do que foi feito na Neo Química Arena. Dessa forma, o empate era sim uma boa ideia, mas acontece que o Verdão não estava sofrendo muito na defesa e estava com o contra-ataque armado. Bastou um erro crasso de Fagner em uma virada de jogo para que a jogada terminasse com um gol contra de Roni, que acabou sendo o gol da vitória palmeirense na casa do rival.

Como disse Renato Augusto, para o Premiere, na saída do gramado, o Palmeiras é um time mortal, que se der uma brecha, faz o gol mesmo. Era tudo o que Abel Ferreira e seus comandados queriam: um tento, três pontos e uma vitória importantíssima para abrir nove pontos para o Corinthians. Por mais cansada que essa equipe esteja, a letalidade dela fala mais alto, fruto de um entrosamento, de uma confiança muito grande e de um trabalho longevo que busca títulos.