Em meio à pausa de inverno, Júnior Moraes, do Shakhtar, diz ao L! estar 'apreensivo' com conflitos na Ucrânia
Em meio aos recentes conflitos militares entre Rússia e Ucrânia, brasileiros que atuam no leste europeu têm se mostrado apreensivos diante do clima de incerteza na fronteira entre os países. É o caso do atacante Júnior Moraes, do Shakhtar Donetsk, que falou ao LANCE! sobre o momento tenso.
Aos 34 anos, o camisa 10 dos Mineiros, que é naturalizado ucraniano, está no Shakhtar Donetsk desde 2018, quando deixou o rival Dínamo de Kiev. Segundo Júnior Moraes, o clima é de apreensão e atenção.
- Nós, brasileiros, ficamos apreensivos com todas essas notícias. Estou sempre em contato com os ucranianos que estão por dentro da situação, assim ficamos sempre atentos e preparados caso algo aconteça - disse Júnior Moares ao L!.
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Neste momento, o Campeonato Ucraniano está paralisado, mas o fato não tem relação com o clima tenso do país. Diante do inverno rigoroso no leste europeu, com temperaturas negativas, o torneio sempre é pausado nesta época do ano.
Até o momento, o governo local e as autoridades ucranianas não anunciaram medidas que possam intervir na competição. O reinício do torneio nacional está marcado para o fim de fevereiro.
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O Shakhtar Donetsk, de Júnior Moraes, está realizando sua intertemporada na cidade de Antália, na Turquia, fazendo a preparação para a segunda metade da época 2021/22. Nesta sexta-feira, o clube ucraniano encara o MTK, da Hungria, em um amistoso.
A guerra civil entre russos e ucranianos teve início em 2014. Naquele ano, membros de movimentos separatistas pró-Rússia chegaram a bombardear a Donbass Arena, estádio do Shakhtar Donetsk. Desde então, o clube não atua mais em sua casa, e hoje está sediado na capital Kiev, a cerca de 600 quilômetros de distância.
Parte do estádio do Shakhtar foi destruído por causa de bombardeio (Foto: Divulgação / Shakhtar Donetsk)
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Na época, Júnior Moraes vestia a camisa do Metallurg, clube que foi extinto no ano seguinte. A equipe era sediada também em Donetsk e o brasileiro vivenciou de perto a guerra.
- Vivi muita tensão em 2014, vi tudo acontecer desde o início e não quero que isso aconteça de novo. Ninguém merece viver uma guerra - declarou Júnior, que marcou 35 gols em 62 jogos, tornando-se o maior artilheiro da história da equipe.
Júnior Moraes em ação pelo Metallurg (Foto: Divulgação / Metallurg Donetsk)
* Estagiário, sob supervisão de Paulo Victor Reis.
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