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Brasil ou Espanha? Caio Henrique não descarta convocação dos europeus

Lateral esquerdo Caio Henrique é jogador do Monaco desde 2020 - Marcio Machado/Getty Images
Lateral esquerdo Caio Henrique é jogador do Monaco desde 2020 Imagem: Marcio Machado/Getty Images

16/10/2021 07h00

O lateral-esquerdo Caio Henrique, do Monaco, falou sobre a sua passagem pelo clube e pelo futebol europeu. O ex-atleta do Fluminense iniciou a carreira profissional no Atlético de Madri, em 2016, e fechou com o clube francês em 2020.

Além disso, o jogador também comentou sobre seleção brasileira e sondagens da seleção espanhola. A entrevista foi concedida ao jornal Lance.

Depois de não conseguir espaço no Atlético de Madri, como foi encontrar um lugar no Monaco?

Caio Henrique: Minha passagem pelo Atlético foi importante em vários aspectos, pois eu ainda era muito jovem e consegui viver aquele ambiente de um clube importante da Europa. Serviu para amadurecer e começar a entender como é o futebol fora do Brasil. Na minha primeira passagem, tive a oportunidade de jogar algumas partidas e depois acabei sendo emprestado. Quando estava no Grêmio, eles solicitaram o meu retorno, mas com a pandemia e o futebol parado, recebemos a proposta do Monaco e achei que era o momento de mudar um pouco de ares. No Monaco, já me sinto em casa. Desde a minha chegada, fui muito bem recebido por todos. É uma cidade boa para viver, agradável e estou totalmente adaptado já ao clube.

Você se tornou um destaque do seu time. Como você avalia a sua passagem pelo Monaco até aqui?

Avalio como boa até o momento. Conseguimos fazer uma campanha importante na temporada passada e chegamos nas fases classificatórias da Champions League. Foi importante para o Monaco depois de alguns anos longe das competições continentais. Aos poucos, estamos evoluindo e dispostos a lutar por coisas grandes muito em breve. Completei 50 jogos pelo clube e já tenho oito assistências desde que cheguei. São números importantes e que vão nos fortalecendo.

Você espera que o Monaco consiga chegar longe na Liga Europa? Qual é o objetivo da equipe e a preparação do elenco?

Nosso objetivo é tentar chegar o mais longe possível. A Liga Europa é uma competição difícil, que conta com vários times muito fortes. Mas nossa ideia é ir avançando para quem sabe lá na frente brigar por algo maior. Nossa equipe tem feito bons jogos e a expectativa é tentar ir focando jogo a jogo.

A disputa nesse início de Ligue 1 é bem grande por um lugar nas competições internacionais. Como você avalia os adversários da liga?

São adversários fortes e com grandes elencos. Vamos precisar encontrar uma regularidade grande como fizemos no segundo turno da última temporada para tentarmos brigar novamente na parte alta da tabela. É um campeonato duro e com muitos times brigando pelas primeiras colocações.

Para o próximo jogo, contra o Lyon, qual é o principal foco do Monaco para conseguir a vitória?

Sabemos que é um jogo difícil, principalmente pelo fato de jogarmos fora de casa. O Lyon tem uma grande equipe e conta com jogadores de muita qualidade, inclusive os brasileiros. Vai ser um grande jogo e espero que a gente esteja num bom dia para sair com a vitória.

Falando sobre a sua passagem no Brasil, como foi a mudança de posição no Fluminense com o Fernando Diniz? Você esperava mudar para a lateral e ter tanto sucesso?

No início, era mais uma questão de necessidade, pois os dois laterais-esquerdos do elenco estavam com problemas. Mas deu certo e acabei me estabelecendo na posição. Hoje, me sinto totalmente adaptado, ainda mais pelo fato de estar jogando há dois anos nessa faixa de campo. A mudança acabou funcionando e dando certo. Mas sempre deixo claro que para mim o importante é estar jogando e se optarem por mim novamente no meio-campo, estarei pronto da mesma forma.

E sobre o Fluminense, você ainda acompanha o time mesmo de longe? A torcida geralmente sente a sua falta e te valoriza bastante. Você voltaria para o Flu?

Acompanho, sim. Quando tenho oportunidade, vejo os jogos e fico na torcida mesmo aqui da França. É uma torcida que tem um carinho muito grande por mim. Estão sempre mandando mensagens positivas e desejando sorte na continuidade da minha carreira. Fui muito feliz no ano em que passei no Fluminense e, se um dia tiver a chance, será um prazer. Mas, no momento, o foco está em dar sequência no futebol europeu.

Você acredita que merece espaço na seleção brasileira?

Deixo isso para a comissão técnica decidir. Trabalho muito todos os dias nos treinos e me dedico bastante. Tive a oportunidade de defender a seleção nas mais diversas categorias e seria um prazer muito grande poder vestir a camisa do Brasil pela seleção principal. Vamos seguir trabalhando e quem sabe um dia possa aparecer a chance.

A Federação Espanhola já fez uma sondagem a você. Jogar pela Espanha é uma possibilidade na sua carreira?

Soube por algumas pessoas ligadas ao meu estafe que poderia ter esse interesse pelo fato de eu ter o passaporte espanhol. Mas sou muito tranquilo em relação a isso e vamos ver o que pode acontecer no futuro.