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Sem a categoria de base, o futebol americano no Brasil além de caro, pode parar no tempo

22/09/2021 06h00


Para um esporte crescer, ele precisa das crianças. No caso do futebol americano, muitas delas assistindo e praticando. Atualmente, nos Estados Unidos, jovens e adolescentes começam a ter seus primeiros treinos nesta modalidade ainda pequenos. E com tantos anos aprendendo a técnica e como o jogo funciona, apresentam um nível excelente quando chegam no profissional, o que faz com que a NFL continue crescendo - e ganhando dinheiro.

Mas são essas crianças que fazem a roda do esporte girar. E desenvolvê-las é fundamental para renovar o ciclo. Alguns times do futebol americano brasileiro já perceberam isso e começaram a focar, também, no crescimento de adolescentes no esporte. Sim, uma categoria de base, mesmo.

Muitas equipes no Brasil buscam investir em elenco. Contratam jogadores estrangeiros a rodo, mas acabam muitas vezes esquecendo de também desenvolver a base, que pode garantir atletas ainda melhores, no futuro, ajudando o time a ganhar troféus e, quem sabe, ser o formador de um jogador que pode disputar competições fora do país.

As ligas estrangeiras passaram a olhar para o Brasil com um tom de curiosidade, e isso pode dar um leque de oportunidades para jovens que, muitas vezes, não sabem para onde ir. Durval Queiroz Neto foi contratado pela NFL. Ryan Gomes quase foi para a CFL, além de outros jogadores também aptos para o Draft, como Otávio Amorim (que também apareceu no NFL Undiscovered), Klaus Pais, Amilcar Neto e Luis Polastri. Agora, imagine só se a oportunidade a esses futuros jogadores for dada aos 14, 15 anos? Desenvolver esse nível técnico é, também, abrir novas portas para quem quer sonhar longe.