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Saída de Cereto da Globo coincide com troca de farpas com André Rizek

Carlos Cereto deixou o grupo Globo após 20 anos; no mês passado, jornalista e André Rizek viveram "rusga"  - Reprodução/SporTV
Carlos Cereto deixou o grupo Globo após 20 anos; no mês passado, jornalista e André Rizek viveram "rusga" Imagem: Reprodução/SporTV

01/07/2021 13h58Atualizada em 01/07/2021 17h43

Carlos Cereto anunciou hoje que deixa a Globo após 20 anos na empresa. Em um longo texto, o jornalista afirmou que 'muita coisa mudou, ele também'.

O que mudou foi a relação de Cereto e André Rizek, que dividiram a bancada de programas como 'Redação' e 'Seleção', ambos do SporTV. Nas folgas de Rizek, muitas vezes ele era substituído por Cereto no comando dos programas.

O ambiente, que sempre foi bom entre os dois e ficava evidenciado nos programas, teve uma 'rusga' em junho, quando se discutia se era uma boa opção ter Copa América no Brasil, com altos números de óbitos e casos no país, além de denúncias de assédio contra Rogério Caboclo, presidente afastado da CBF, que negociou a vinda do torneio da Argentina para o Brasil.

Outra coisa que se debatia naquele período era a participação do governo federal na negociação e do aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um momento em que se cobrava do gestor ações para minimizar os danos da pandemia. Muito se falava que não era hora de o presidente se preocupar com futebol.

Em todo esse contexto, Cereto se pronunciou sobre o caso e disse existir 'muita lacração' política por parte dos companheiros de imprensa.

"Quando foi que o jornalismo esportivo se transformou numa grande lacração política? Saudade de quando a imprensa esportiva achava que só entendia de futebol", comentou o jornalista em seu perfil no Twitter, no dia 2 de junho.

Também pelo Twitter, Rizek fez um comentário sobre o assunto, mas sem citar o nome de Cereto.

"Queridinhos e queridonas, não se enganem. 'Não se posicionar' é, também, um posicionamento e uma escolha política. Ainda mais no Brasil de hoje. Bom dia", afirmou o apresentador, antes de complementar:

"No Chile de Pinochet, na Itália de Mussolini, na URSS de Stálin... muitos adotavam o 'não quero me posicionar' por razão óbvia: continuar vivo. No Brasil, hoje, o que leva alguém a 'não se posicionar'? Somente a falta de interesse e empatia pela vida de 465 mil que partiram."

De lá para cá, mais 50 mil pessoas morreram de covid-19, enquanto a vacinação avança a passos lentos no país. Nesta semana, inclusive, Rizek foi vacinado contra a doença e criticou o governo federal.

Cereto também teve treta pública recentemente com outro companheiro de SporTV, o jornalista britânico Tim Vickery, por divergências de pensamento sobre a escalação da seleção brasileira. Outro caso que evidencia o desgaste de Cereto é a volta dele para os estúdios de São Paulo, onde substituiu Fabíola Andrade, que acabou virando comentarista de jogos.

Procurada, a Globo não confirmou a saída do jornalista, que fez o anúncio por conta própria pelas redes. O UOL pediu um posicionamento ao conglomerado de mídia e a nota será atualizada assim que ele for enviado.