Desempenho retumbante do Vasco no clássico vira exemplo naturalmente, mas deixa legado maior: de orgulho
O torcedor pode entender o tamanho do que aconteceu na noite desta quinta-feira, no Maracanã, fazendo o exercício de olhar para trás: quanto tempo faz que o Vasco não vence da forma como venceu? Há quanto tempo que o time não se impõe, da forma como se viu, sobre um adversário do nível do Flamengo atual? Seja como for o futuro, a história vai contar que o feito cruz-maltino foi gigante como o clube.
Desde os primeiros segundos do jogo, a disposição para a marcação ficou evidente. Só não era possível ter certeza que, taticamente, a estratégia inédita de esperar o rival para, depois, contra-atacar daria tão certo. O Vasco defendeu bem, atacou e fez o gol; seguiu defendendo com eficiência, foi ao ataque, rondou a área e fez outro gol; sequência repetida, mais um gol e o poderoso adversário como raramente se vê.
O Flamengo mais rondou a área do time de Marcelo Cabo do que chutou a gol. Cruzou mais do que testou Lucão. E quando o goleiro foi obrigado a trabalhar, mostrou que, se não o presente, o futuro vascaíno debaixo das traves estará bem servido com ele - Vanderlei assumirá a titularidade em breve.
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Os zagueiros foram seguros. Um lateral fez um gol, outro deu uma assistência. Cano finalmente fez o dele no Rubro-Negro. Do meio-campo para frente, quem menos fez se entregou na marcação, que foi Gabriel Pec. Para vencer o bicampeão brasileiro, a equipe que caiu para a segunda divisão e tenta se reconstruir precisaria ser valorosa atrás e na frente. Tudo que se viu foi isso.
É um afago no maltratado coração do torcedor. É orgulho para ser comemorado, sim. É atuação para servir de exemplo para o ano. E mesmo se o time não conseguir repetir um desempenho similar no necessário retorno à Série A, o baile da última noite será contado para filhos e netos do time atual.
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