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Apesar da derrota, Autuori vê evolução tática no Botafogo: 'Consolidando'

Paulo Autuori, técnico do Botafogo - Vitor Silva / Botafogo
Paulo Autuori, técnico do Botafogo Imagem: Vitor Silva / Botafogo

25/07/2020 22h08

No primeiro teste após o Campeonato Carioca, o Botafogo acabou derrotado pelo Fluminense por 1 a 0, neste sábado, em amistoso no Estádio Nilton Santos. A atuação da equipe, no entanto, teve alguns pontos a serem destacados na opinião do técnico Paulo Autuori. O comandante alvinegro viu uma evolução tática e coletiva no time, mas alertou para a necessidade de definir a partida quando se tem a chance.

"Minha preocupação, como treinador, são as sequências táticas porque estamos construindo uma equipe. Não adianta ter um jogador jogando muito bem um amistoso e, coletivamente, a equipe não render. Estamos mais seguros, trabalhando a equipe de trás para frente, e as opções surgem naturalmente com a confiança que a equipe vai adquirindo. Eles vão se adaptando às ideias de jogo que temos. Fico satisfeito com a maneira que a gente se apresentou porque é muito importante ter, o mais rapidamente possível, uma equipe que dê garantias como coletivo. As individualidades vão aparecendo com uma maior sequência. A equipe está se consolidando" analisou Autuori.

Autuori explicou a opção por dois laterais-esquerdos na escalação, com Danilo Barcelos e Guilherme. Este último atuou mais à frente, em uma tentativa de substituir Luis Henrique, que testou positivo para Covid-19 e cumpre a quarentena.

"No jogo contra o Náutico, pela Copa do Brasil, fizemos essa formação com Guilherme e Danilo. Lecaros ia jogar na Sub-20 e aconteceu o lance do Luis Henrique. A entrada do Lecaros ia alterar significativamente aquilo que estamos acostumados a fazer nos treinos. O Guilherme podia fazer isso melhor, tanto é que saíram duas boas jogadas pela esquerda com cruzamentos dele. A do Bruno Nazário e um cabeceio do Pedro Raul. Agora fica uma lição. Um jogo de campeonato Brasileiro, valendo pontos, com um adversário da força do Fluminense, ter condições de ganhar o jogo e não ganhar, não pode acontecer", alertou.

Confira outras respostas de Autuori:

Cobrador de pênaltis oficial:

"Qualquer decisão em relação a isso é minha. Ele, gentil como é e capitão da equipe, deu a chance do Pedro Raul bater. Na estreia dele, contra o Bangu, ele bateu. Temos alguns batedores no elenco, como Honda, Nazário e Pedro Raul e quero jogadores com iniciativa. Mas a decisão é sempre minha. Isso demonstra a solidariedade que existe no grupo, sem necessidade de protagonismo. Honda mesmo sendo o capitão, deixou o Pedro Raul bater, em um gesto gentil".

Análise da partida:

"Não foi a primeira vez. No jogo contra o Náutico já havíamos feito esse esquema com Danilo e Guilherme. A opção pelo Guilherme foi por ele estar mais próximo do que o Luis Henrique faz, tanto quando a equipe tem a bola, quanto quando não tem. Claro que com características diferentes porque o Guilherme é um lateral. Ele esteve muito bem. Duas chegadas do Guilherme proporcionaram situações claras de gol. A do Nazário no travessão e outra que Pedro Raul cabeceou com possibilidade de gol. O que gostei mais foi a capacidade da equipe pressionar o adversário com inteligência. Não permitimos a construção de jogo que o Fluminense gosta de fazer. Soubemos subir a marcação de jogo nos momentos que isso deveria ser feito. Quando a equipe defendeu próxima do gol, conseguiu praticamente fechar todos os caminhos para as jogadas do Fluminense. Equipe está se consolidando. Uma dupla de zaga que cada vez admiro mais. O Barrandeguy vem evoluindo com e sem a bola. Prefiro ter jogadores que saibam construir do que só aqueles que roubam e fazem toque de dois metros. As ações ofensivas são mais complexas para treinar, demandam mais tempo, e estamos construindo a equipe de trás para frente. Infelizmente, não podemos perder um jogo que tivemos mais chances reais de gol, o Campeonato Brasileiro não permite".

Marcação:

"Depois vamos criar um coletivo forte. Nosso meio campo com Caio e Honda tanto na construção e quando nao tem a bola estiveram muito bem. Marcação para mim contempla três aspectos, adversário, bolsa e espaço. Prefiro jogadores que possam construir com a bola e sem a bola que possam achar espaços no corredor central".

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