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Volpi entende corte salarial, mas pede que São Paulo não tente 'resolver problemas do passado'

07/07/2020 10h22

Tiago Volpi disse na noite de segunda-feira, durante participação no programa "Bem, Amigos", do Sportv, que o elenco do São Paulo está aberto a negociar o prosseguimento do corte salarial que já dura desde março no clube - assim que começou a pandemia, a diretoria congelou os direitos de imagem e 50% dos salários dos atletas. Mas o goleiro pede também que os dirigentes não aproveitam a situação para resolver problemas financeiros do passado.

- A gente está apto a negociar e entender a situação do clube, porque é algo novo, algo inédito, que nunca aconteceu no mundo. Então acho que acima de tudo a gente tem que ser ser humano e entender a situação. E o clube também, dentro de todo esse problema, não querer usar a pandemia para benefício próprio, para querer corrigir problemas do passado na atual situação. Aqui no São Paulo a situação está sendo conduzida de uma forma muito tranquila, e a gente espera que assim seja até o fim - disse Volpi.

- É um processo natural, por tudo o que a gente está vivendo, não tem como você exigir do seu clube que te pague a mesma coisa que você recebia. Se a gente não tem essa coerência de entender a situação acho que, como ser humano, a gente está deixando a desejar. Teve uma redução, teve um acordo. A diretoria tem conversado muito conosco sobre o que fazer ainda daqui para a frente, porque é uma situação que se estendeu um pouco mais do que todo mundo imaginava no começo - emendou.

Após o reinício dos trabalhos diários do CT da Barra Funda, o diretor de futebol Raí reuniu os atletas e explicou a delicada situação financeira do São Paulo, deixando em aberto a possibilidade de seguir com salários reduzidos mesmo após o retorno do futebol. No último mês, alguns jogadores ficaram chateados com atrasos nos pagamentos e houve relatos de depósitos em valores menores que o esperado. O Tricolor acredita que conseguirá minimizar o problema ao receber a primeira parcela da venda de Antony ao Ajax, ainda em julho.

- A gente está acatando da maneira que a gente entende que pode ajudar o clube. E o clube também nos entende, que hoje a gente pode ter jogadores em uma situação mais confortável, mas tem outros, principalmente os meninos que subiram da base, que compraram uma casa, ajudam pai, ajudam mãe... Além dos funcionários também, que têm uma arrecadação bem menor do que um atleta - finalizou Volpi.