Conselheiros do Santos planejam pedido de afastamento a Peres
A reprovação das contas da atual gestão do Santos em 2019 abriu precedentes para um novo pedido de impeachment contra o presidente José Carlos Peres. No entanto, um grupo de conselheiros ligados a oposição articulam-se para solicitar à presidência do Conselho Deliberativo o afastamento do mandatário santista.
Esse pedido só será protocolado após a segunda votação das contas, caso o egrégio mantenha a decisão original, prevista pra acontecer dentro de um mês. Após a rejeição de ontem, o atual Comitê de Gestão terá dez dias para enviar suas defesas a Mesa Diretora do Conselho.
Para que o afastamento aconteça, primeiramente o pedido do afastamento precisará ser protocolado à presidência do CD que, por sua vez, terá que convocar uma reunião extraordinária que precisará ter, no mínimo, 150 conselheiros e 2/3 deles serem favoráveis a medida.
A estratégia da oposição baseia-se nas mudanças do Estatuto do Santos FC, que ocorreram no ano passado, para a adequação ao Profut, programa de refinanciamento de dívidas do futebol brasileiro.
Processo Paralelo
Enquanto isso, o curso natural da reprovação das contas é, além desta segunda votação que ocorrerá provavelmente dentro de 30 dias, a emissão do parecer da Comissão de Inquérito e Sindicância, que teve nova formação homologada na noite de ontem. Após analisar provas a serem apresentadas pela parte processada e os autos das definições do Conselho Fiscal na reprovação das contas, a CIS deverá indicar as medidas a serem tomadas e elas serão votadas pelo Conselho Deliberativo.
Caso a comissão oriente e a abertura do processo de impeachment seja aprovada pelos conselheiros, o presidente santista será sumariamente afastado do cargo até a última etapa antes da definição final, que acontece na Assembleia de Sócios - vale ressaltar que em 2018 foi justamente o quadro associativo do clube que brecou o impeachment de José Carlos Peres, após ele avançar no egrégio.
Importância da Presidência do Conselho
Independentemente das vias a seguir, caberá a Mesa Diretora do Conselho Deliberativo, presidida por Marcelo Teixeira, ditar o tempo de condução desses processos. No caso do pedido de afastamento que está sendo articulado pela oposição, Teixeira não possui prazo estatutário para convocar a reunião extraordinária, por exemplo.
E enquanto os bastidores políticos seguem quentes, o Peixe tem à vista um pleito eleitoral no fim do ano. Ainda não é de conhecimento que Peres tentará reeleição. O atual presidente garantiu em entrevistas recentes que não possui a pretensão. Ele, inclusive, busca substitutos dentro da gestão, mas sem definições ou avanços até o momento.
Até o então, houve apenas três anúncios de pré-candidatura, tratam-se de: Esmeraldo Tarquínio, Milton Teixeira Filho e Rodrigo Marino. Outros interessados podem surgir, mas aguardam a movimentação do cenário político do clube.
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