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Por que Luxemburgo vê Palmeiras se ajeitando para ganhar a Libertadores

Técnico Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras, durante jogo contra o Red Bull Bragantino - Rebeca Reis/Rebeca Reis/AGIF
Técnico Vanderlei Luxemburgo, do Palmeiras, durante jogo contra o Red Bull Bragantino Imagem: Rebeca Reis/Rebeca Reis/AGIF

15/06/2020 08h00

Técnico de mais títulos na história do Palmeiras ao lado de Oswaldo Brandão, pentacampeão brasileiro e com passagens por seleção brasileira e Real Madrid, Vanderlei Luxemburgo diz não ter obsessão pela Libertadores, torneio que lhe falta. Mas, em entrevista ao LANCE!, o treinador disse que a sequência recente do time na competição o transforma em candidato ao título.

"O Palmeiras tem jogadores que têm jogado a Libertadores. Weverton, Felipe Melo, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Bruno Henrique, Dudu, Willian, Luiz Adriano... São jogadores que são cascudos. Aí dá para ver que o time está se ajeitando bem para ganhar a Libertadores", disse o treinador, citando nomes que compõem a base que vinha sendo titular até a pausa pela pandemia e apontando o título de 2012 do Corinthians para comprovar sua tese.

"Ganhar é muito importante. Mas, se não ganhar, tem que estar no ano seguinte. Repetindo cinco vezes a Libertadores, você mata uma. O Corinthians teve o título dele jogando quatro vezes (2010, 2011, 2012 e 2013). Mesmo sendo desclassificado na pré-Libertadores [pelo colombiano Tolima, em 2011], repetiu vezes seguidas. E isso te adapta à competição, que é atípica, diferente do Campeonato Brasileiro", argumentou.

Questionado diretamente sobre a importância da Libertadores, Luxemburgo a define como "objetivo do clube" e diz que trabalha pensando em ganhá-la. Pessoalmente, contudo, o treinador, que teve como melhor campanha a ida às semifinais com o Santos em 2007, afirma que a conquista continental não mudará sua história no futebol.

"As pessoas me perguntam como se a Libertadores fosse a coisa mais importante para um profissional, mas não me desperta nada especial. Quero fazer o meu melhor sempre. Ganhar a Libertadores não vai mudar a minha carreira. Vai ser um título importante na minha carreira", declarou.

"As metas de um técnico de futebol são ganhar Brasileiro, Copa do Brasil, Estadual, Libertadores e, para alguns, até uma Copa do Mundo. Uns ganham, outros não. E isso não mede competência. É claro que quero ganhar uma Libertadores, mas não trago isso como 'se eu não ganhar, crio uma frustração, isso ou aquilo'. Colocam como se fosse uma obrigação para mim, mas não tem nada disso. Estou tranquilo com a minha carreira", reforçou, argumentando que, antes, o torneio não tinha tanta importância.

"Há uns anos, não se encarava a Libertadores assim no Brasil, o grande objetivo era ganhar o Brasileiro. Até porque a Libertadores não pagava nada. Foram valorizando a Libertadores, e ela passou a ser um objetivo. Se você não é campeão brasileiro, nos contratos com TV e patrocinadores passou a existir a meta de chegar à Libertadores. Por isso, os clubes querem conquistar uma vaga. Assim, a Libertadores passou a ser importantíssima", detalhou.

Até a pausa por conta da pandemia do coronavírus, o Palmeiras tinha 100% de aproveitamento no Grupo B da Libertadores: venceu o Tigre por 2 a 0, na Argentina, e o Guaraní por 3 a 1, no Allianz Parque. Ainda não há qualquer previsão para o retorno da competição, e a retomada dos treinos presenciais depende do aval de autoridades sanitárias em São Paulo.

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