Justiça americana afirma que Ricardo Teixeira recebeu propina por voto no Qatar para Copa 2022
De acordo com procuradores do Distrito de Nova York, um novo documento comprova que o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, recebeu propina para votar no Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022. Neste sentido, esta publicação é referente à uma investigação sobre um esquema de recebimento de propina de dirigentes do futebol sul-americano.
Além dele, outros membros do comitê executivo da Fifa também foram subornados na votação. Um deles é o ex-presidente da Conmebol, Nicolás Leoz. Este documento mostra que entre 2009 e 2010, pessoas ligadas à sede de 2018 (o Mundial foi realizado na Rússia) e de 2022 ofereceram propina a executivos do alto escalão do mundo do futebol com o intuito de vencer o certame e sediar a maior competição da modalidade.
Com isso, o então presidente da Concacaf, Jack Warner recebeu a proposta de US$ 5 milhões para votar na candidatura russa. Segundo a investigação, o pagamento foi realizado através de transferências para uma conta em Trinidad e Tobago, sendo oriundo de dez empresas de fachada, todas registradas em paraísos fiscais, em locais como Chipre, Anguilla e Ilhas Virgens Britânicas.
O ex-presidente da CBF também é citado como um dos participantes de um esquema de suborno envolvendo os direitos comerciais da Libertadores. O documento cita o envolvimento de outros executivos da Fox como Hernan Lopez e Carlos Martinez, no pagamento de propina a dirigentes da Conmebol.
No mês de março, em entrevista a CNN Brasil, Ricardo Teixeira alegou que a investigação americana contra a Fifa era uma vingança por causa da derrota na disputa da sede da Copa do Mundo de 2022. Vale ressaltar que os Estados Unidos perderam o certame para o Qatar, que sediará o próximo mundial.
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