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Marcos Rocha conta como Palmeiras monitora treinos intensos dos jogadores

Marcos Rocha em jogo do Palmeiras contra o São Paulo - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Marcos Rocha em jogo do Palmeiras contra o São Paulo Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

27/03/2020 07h00

Onze dias depois de saber que todas as competições que joga seriam paralisadas, o elenco do Palmeiras segue liberado por tempo indeterminado. Desde então, as redes sociais de Marcos Rocha mostram o jogador com intensos treinos físicos, seguindo a orientação de manter o condicionamento.

O lateral-direito aceitou uma parada nas atividades para falar com exclusividade ao LANCE!. Contou como tem sido a rotina sem ter qualquer perspectiva de retorno, como foi o período com Felipe Melo e seus familiares no litoral paulista, na semana passada, como são as conversas que mantém com o técnico Vanderlei Luxemburgo e até falou sobre o debate atual sobre a possibilidade de redução do salários dos jogadores por conta da pandemia do coronavírus.

A íntegra da entrevista exclusiva com Marcos Rocha

Como têm sido esses dias de treinamento?

Não podemos parar, né? Não sabemos quando a situação vai voltar ao normal. Então, precisamos manter a preparação e, quando voltar, buscar estar 100% o mais rápido possível. Estamos treinando diariamente com personal e seguindo todas as orientações do clube, tanto física quanto nutricional. O clube também tem acompanhado os atletas constantemente. É importante manter a forma física e mental também.

Pelo que é possível ver nos vídeos publicados nas redes sociais, a intensidade dos treinos é até maior do que em uma pré-temporada, quando não há tantos dias assim para trabalhar fisicamente. É só impressão?

Estamos fazendo treinos seguindo as orientações do clube, tanto em intensidade quanto força. Como já vínhamos jogando e já passamos pela pré-temporada, o corpo esta mais acostumado ao ritmo de treino. E a alimentação também faz parte dessa rotina.

Como foi o convívio com o Felipe Melo em Maresias, na semana passada?

O Felipe é um amigo que tenho no futebol, e nossas famílias sempre fazem coisas juntos. Conviver com um cara como ele é muito bom. Estamos aproveitando esse tempo, também, para ficar com a família. Ao longo do ano, não temos essa possibilidade. Já saímos da casa em Maresias. Vim para o sul de Minas Gerais, mantendo isolamento e cuidados e orientações dos médicos.

Como é o monitoramento do Palmeiras com vocês durante a pausa?

Os departamentos médico, físico e nutricional do clube nos acompanham e monitoram constantemente. Não sabemos quando isso vai acabar, e os trabalhos seguem para que possamos estar prontos o mais rápido possível. Todos os departamentos do clube se comunicam constantemente para avaliar a situação e nos passar orientações. O Luxemburgo também mantém contato permanente com a gente, em um grupo que tem todos os atletas.

Você tinha acabado de se recuperar de lesão e voltado a jogar quando ocorreu a pausa. Quanto ele te atrapalha particularmente?

A parada atrapalhar todo atleta, independentemente de lesão, pois nos tira a rotina de treinos específicos do clube e, acima de tudo, o ritmo de jogo. Mas é uma situação muito atípica. Não sabemos o que vai acontecer e precisamos manter os cuidados com nosso corpo, que é nosso instrumento de trabalho. Voltei muito bem da lesão, sem sentir nada, então já e coisa do passado.

Quanto essa indefinição atrapalha psicologicamente?

O clube liberou por tempo indeterminado, até porque ninguém sabe o que vai acontecer com essa pandemia. As pessoas responsáveis estão analisando diariamente a situação, e, assim que nos chamarem, estaremos na ativa o mais rápido possível. Para nós, que temos uma rotina muito agitada com viagens, jogos, concentração e treinos, é impactante ficar em casa, mas precisamos seguir essas orientações para o bem de todos e buscar na família o melhor amparo psicológico.

Você tem alguém próximo contaminado com o coronavírus?

Graças a Deus, não tenho nenhum contato próximo com pessoas que tenham sido contaminadas pelo vírus. Mas, infelizmente, acompanhamos os casos que vêm acontecendo no mundo todo. Oramos e torcemos para que as pessoas se recuperem e que todos possamos voltar à nossa rotina o mais rápido possível.

Debate-se no momento a possibilidade de cortar salários. O que acha disso?

Esse é um assunto delicado que, inclusive, aumentou o debate nos últimos dias, não só para nós, atletas, mas para a sociedade como um todo. Precisamos cuidar da saúde das pessoas e saber que todos precisam alimentar sua família e se sustentar. É um desafio grande, mas acreditamos que as autoridades vão buscar a melhor solução para toda a população do Brasil.

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