Bicampeão estadual pelo Vasco, Henrique Kupper morre aos 57 anos
O futebol brasileiro está de luto. Na manhã desta quinta-feira, foi confirmada a morte de Henrique Kupper. O ex-jogador, que começou sua carreira no Guarani, mas ficou marcado por fazer parte do elenco bicampeão carioca em 1987 e 1988 com a camisa do Vasco, lutava há alguns anos contra um câncer na língua.
O meio-campista subiu para os profissionais do Bugre em 1982, e chegou a atuar com nomes como Careca e Jorge Mendonça. Dois anos depois, se transferiu para o Comercial-SP, onde atuou antes de desembarcar na Colina em 1986, onde passou a atuar como volante devido à disputa acirrada no seu setor.
No decorrer do Campeonato Carioca de 1987, firmou-se como titular especialmente após a transferência de Dunga para o futebol italiano. Atuando ao lado de nomes como Geovani, Luís Carlos, Mauricinho, Roberto Dinamite e Romário, Henrique foi titular no jogo que deu o título estadual ao Cruz-Maltino: o triunfo por 1 a 0 sobre o Flamengo, com gol marcado por Tita.
No ano seguinte, saboreou o bicampeonato estadual, desta vez tendo como colegas no meio de campo o volante Zé do Carmo e o meio-campista Geovani. A histórica equipe comandada por Sebastião Lazaroni, que tinha nomes como Acácio, Paulo Roberto, Mazinho, Bismarck, Sorato, Romário e Roberto Dinamite, sagrou-se campeã carioca com novo triunfo por 1 a 0 sobre o Flamengo. Desta vez, o histórico gol do lateral Cocada garantiu a conquista.
Henrique disputou 64 jogos e marcou três gols com a camisa cruz-maltina. Em entrevista ao LANCE! em 2018, o ex-meia recordou-se de um de seus gols memoráveis pelo clube da Colina: no dia 8 de maio de 1988, ele definiu a vitória por 1 a 0 sobre o Flamengo.
"Eu treinava muito investidas e também os chutes a gol, para a gente tentar surpreender o adversário. Foi assim naquele lance. Eu tinha vindo de trás, passei pela defesa, o jogador do Flamengo (Leandro Silva) chegou a proteger. Só que assim que notei o erro dele, lutei e acabei fazendo o gol. Naquele lance, eu tive um pouco de sorte, mas também foi aquele desejo de não desistir da jogada", disse e, em seguida, falou sobre o sabor especial de marcar naquele Clássico dos Milhões:
"Foi o único gol que eu marquei no Maracanã. A emoção é outra", completou, sobre o gol que abriu a "quina do Vasco", sequência de cinco vitórias seguidas que o Cruz-Maltino engatou sobre o Rubro-Negro em 1988.
Depois de deixar São Januário, ainda defendeu o Lauletano e Nacional da Ilha da Madeira em Portugal, e teve uma passagem no futebol japonês. Encerrou sua carreira no Campinas, mas não chegou a atuar no clube. Henrique Kupper deixa esposa e dois filhos.
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