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Estreia do São Paulo tem Hernanes e Pablo bem e Pato tentando ser '9'

22/01/2020 23h50

A primeira impressão deixada pelo São Paulo versão 2020 foi boa. Claro que o adversário não era lá dos mais poderosos - o Água Santa, recém-promovido da Série A2 e que não esconde que o objetivo é não cair -, mas a vitória por 2 a 0 no Morumbi mostrou algumas evoluções já esperadas por quem assistiu aos treinos comandados por Diniz na pré-temporada (a maioria fechados para os jornalistas).

O técnico queria uma equipe que não confundisse paciência com morosidade. E assim foi: o Tricolor foi paciente na saída de bola, dificultada pela marcação forte do Água Santa durante boa parte do primeiro tempo, e bastante intenso e criativo quando conseguia chegar ao "terço final". As chances apareceram em frequência maior do que a média da temporada passada.

O gol de Daniel Alves, o segundo da noite, foi jogada de treino: Tchê Tchê foi até a pequena área defensiva para receber o passe de Volpi, abriu com Léo (substituto de Reinaldo, liberado de última hora para acompanhar o nascimento da filha) e avanço para receber na intermediária. Com um passe, encontrou Daniel pronto para carregar a bola com seis companheiros correndo ao seu lado. A jogada terminou com sete são-paulinos contra quatro marcadores, o que facilitou a tabela do camisa 10 com Vitor Bueno e a conclusão em gol.

Vitor Bueno, aliás, começou 2020 como terminou 2019: sendo o principal jogador da equipe. Ele também foi fundamental no primeiro gol, logo aos cinco minutos. Ele saiu da esquerda e caiu pelo meio (algo que aconteceu diversas vezes e abriu o corredor para Léo), girou em cima do marcador e acionou Pablo, que acertou um chute bonito da entrada da área.

O camisa 9, aliás, foi uma das boas novidades da estreia. A atuação dele foi bem diferente do que se viu na reta final da temporada passada. Além do gol, participou da maioria das jogadas ofensivas, inclusive com passes inteligentes, e se dedicou muito na marcação.

Hernanes também deu sinais de melhora, confirmando a impressão interna de que ele se apresentou melhor fisicamente após as férias. O Profeta apareceu pelo menos três vezes na área para finalizar, sendo duas muito perigosas no segundo tempo, e ainda deixou Helinho (novidade entre os titulares, que fez boas jogadas) na cara do goleiro com um passe inteligente. O camisa 15 demonstrou estar bem preparado para executar o que a cabeça manda, algo que estava difícil de ver.

Só a entrada de Pato como centroavante no segundo tempo é que não empolgou. Assim como nos treinos, o camisa 7 substituiu Helinho para jogar como centroavante, com Pablo (e depois Brenner) caindo pelo lado direito. Pato nunca escondeu que não gosta de atuar nessa função, mas Diniz está tentando convencê-lo de que ele pode se encaixar por ali. Falta cacoete para jogar de costas para os zagueiros, apesar de uma falta que ele sofreu após girar sobre dois marcadores - e bateu na barreira.

Domingo, às 16h, o São Paulo terá pela frente um teste mais forte: encara o Palmeiras em Araraquara.