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Assembleia mantém número de conselheiros vitalícios no Palmeiras

18/01/2020 23h00

Por seis votos, a assembleia de sócios do Palmeiras não conseguiu o número exigido para reduzir a presença de vitalícios no Conselho Deliberativo (CD) do clube. Era necessário que dois terços dos votantes optassem pela alteração no pleito ocorrido neste sábado.

Foram 688 votos que discordaram da decisão do CD e pela redução imediatada do número de conselheiros vitalícios de 148 para 100, sem representar dois terços dos que votaram. Outros 353 escolheram as duas alternativas restantes. Desses 353 que não votaram na redução imediata, contudo, 28 preferiam que a mudança ocorresse em fevereiro de 2021. Se optassem pela mudança imediata, a diminuição dos vitalícios estaria concretizada.

Confira os resultados da assembleia de associados deste sábado:

Em dezembro, a mesma votação ficou a seis votos de atingir o número para ser validada - houve acusações de irregularidade, mas o presidente do Conselho Deliberativo, Seraphim Del Grande, negou. Nela, eram necessários 760 votos, e agora precisava-se que apenas 500 associados participem, como ocorreu.

O Conselho do Palmeiras hoje é dividido assim: 300 cadeiras ao todo, sendo 152 para conselheiros eleitos, e outras 148 para vitalícios (apenas 135 destas vagas estão ocupadas). Em outubro, foram votadas duas propostas de reforma estatutária: a primeira para diminuir o número de vitalícios para 120, e a segunda, para 100. Nenhuma das duas teve aprovação dos conselheiros.

Outra pauta votada na assembleia foi o pedido de maior transparência do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), também sem sucesso. A comissão da reforma estatutária tentava uma alteração para ter sigilo total quanto aos documentos do órgão e não foi aprovada. Havia uma emenda contrária, defendendo critérios para divulgar documentos quando necessário, que também não passou. Coube ao sócio, portanto, tomar uma decisão.

Ocorreram 455 votos que sinalizavam discordância da posição do CD, que reprovou a proposta para vedação do registro público das atas do COF, e concordância com a proposta de maior transparência. A alternativa ficou longe de atingir dois terços, já que 578 votaram nas duas restantes: 317 concordaram com o Conselho e outros 261 informaram somente que discordam do CD, sem apontar que aprovam a proposta que dá mais transparência ao órgão.