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Experiente, estudioso e identificado: Os motivos da escolha por Espinosa

14/12/2019 08h40

Experiência e identificação com o clube. Estes são principais fatores que levaram Valdir Espinosa de volta ao Botafogo. Anunciado na última quinta-feira como substituto de Anderson Barros, contratado pelo Palmeiras, o gaúcho de 72 anos será apresentado como novo gerente de futebol na manhã deste sábado, no Nilton Santos.

Espinosa foi o comandante no título de Campeão Carioca, em 1989, que encerrou um jejum de 21 anos sem troféus do Alvinegro. Mas não só de um passado distante em General Severiano vive o profissional. Seu último trabalho foi como gerente de futebol do Grêmio entre 2016 e 2017, período em que o Tricolor conquistou os títulos de Copa do Brasil e Libertadores.

- Ele é botafoguense, é um cara que tem uma raiz muito grande aqui no Botafogo. O homem foi jogador, técnico, gerente técnico, então tem uma bagagem muito boa que pode nos dar esse subsídio, esse trabalho até nós termos um investidor - disse Nelson Mufarrej, presidente do Botafogo, sobre a nova contratação.

A última frase da fala do mandatário lembra que a terceira passagem de Espinosa pelo Glorioso já inicia com uma peculiaridade. Ele está garantido somente até a implementação do 'projeto S/A', que teve a continuidade aprovada após votação, nesta quinta-feira, e deve levar de três a cinco meses. Isso, no entanto, não impede sua permanência - como lembrou Mufarrej:

- De repente o investidor diz: "Olha, continue com a gente pelo trabalho que está fazendo". Então, temos muita fé no trabalho dele, acho que foi uma boa aquisição. Esperamos ter sucesso.

MESCLA DE QUALIDADES

Valdir Espinosa foi lateral-direito na década de 1970. Desde então, atuando fora dos campos, são 40 anos de carreira e 29 clubes no currículo, seja como técnico, auxiliar ou gerente. A extensa vivência pode fazer contraponto à juventude de Alberto Valentim, que aos 44 anos, vai apenas para o quarto como treinador - como lembrou o jornalista Darci Ribeiro, da Rádio Geral de Porto Alegre, em depoimento ao LANCE!.

- Além do conhecimento empírico, ele é um sujeito a estudar e olhar o futebol. E está na idade ideal. Com toda experiência que tem, num clube com um treinador jovem, que precisa de alguém que saiba fazer alguma coisa, está no clube certo.

"É UM HOMEM DO CAMPO"

Se é ídolo no Botafogo, Espinosa também é bem cotado no Rio Grande do Sul. Ribeiro ressaltou o caráter humano do porto-alegrense, que costuma se relacionar bem com os grupos com os quais trabalha.

- O Espinosa é um sujeito que se relaciona bem com as pessoas, ele estuda futebol, ele gosta. É um camarada que toda hora está envolvido. É raro o jogador ou treinador que tem queixa dele. Ele está sempre procurando saber como estão as pessoas. Ele conversa diretamente com os jogadores, não manda recado. É um homem do campo - afirma o jornalista.