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Oswaldo cita 'tristeza' com demissão e explica dedo do meio a torcedores

Oswaldo de Oliveira escreveu uma carta horas depois de ter sido demitido do Fluminense - Maílson Santana/Fluminense FC
Oswaldo de Oliveira escreveu uma carta horas depois de ter sido demitido do Fluminense Imagem: Maílson Santana/Fluminense FC

27/09/2019 13h47

Demitido ainda nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, Oswaldo de Oliveira se pronunciou oficialmente pela primeira vez a respeito de sua saída do Fluminense, que surgiu após uma reunião com o presidente Mário Bittencourt, o vice geral Celso Barros e diretor executivo de futebol, Paulo Angioni.

O técnico avisou que recebeu a notícia de seu desligamento com "tristeza e lamentação, mas com serenidade, pois acreditava muito na continuidade do trabalho". Ele também avisou que deixa o Fluminense com a "consciência tranquila" por, sobretudo, deixar o time fora do Z4 - está na 16ª posição, com 19 pontos, após empate em 1 a 1 com o Santos, na última noite:

"Hoje pela manhã fui comunicado pela diretoria do Fluminense F.C. que fui desligado do cargo de técnico da equipe profissional. Recebo a notícia com tristeza e lamentação, mas com serenidade, pois acreditava muito na continuidade do trabalho. Aceitei o desafio de assumir o time numa situação muito desconfortável na tabela e sabia que não seria fácil revertê-la, diante de tantas dificuldades encontradas no dia a dia do clube. Saio com a consciência tranquila de que dei o meu melhor e me dediquei ao máximo para que os resultados fossem alcançados. Deixo o Fluminense hoje fora do Z4 e seguirei na torcida para que o time consiga o objetivo de permanecer na Série A", disse o treinador, em comunicado emitido através de sua assessoria de imprensa.

Oswaldo ainda protagonizou uma discussão acalorada com Paulo Henrique Ganso, que, ao ser substituído, o chamou de "burro", ouvindo um "vagabundo" do treinador de 68 anos, em seguida. Na saída de campo, Oswaldo ainda mostrou o dedo médio para um grupo de torcedores. E explicou, na mesma nota de despedida:

"E aproveito também para deixar claro que o meu desentendimento ontem após o jogo se deu pelo fato de três ou quatro torcedores passarem os 90 minutos ofendendo a minha família, algo que nunca compactuarei. Quanto aos gritos vindos da arquibancada, é algo que faz parte do futebol. Estou completando 44 anos de carreira e nunca tive qualquer problema dentro de campo com nenhum atleta. Portanto, não aceito atitudes desrespeitosas. Nos próximos dias poderei dar maiores esclarecimentos em relação ao meu desligamento. Obrigado".

Em sete jogos com Oswaldo de Oliveira, o Fluminense venceu dois, empatou dois e perdeu três, com a equipe marcando quatro gols e sofrendo nove. Para o jogo do próximo domingo, contra o Grêmio, no Maracanã, o auxiliar técnico Marcão vai comandar a equipe de forma interina. Antes mesmo da demissão, a diretoria chegou a fazer contatos com alguns treinadores, como Maurício Barbieri e Lisca.

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