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Sem permitir uma finalização do Santos no alvo, Jesus minimiza feito de estrangeiros: 'Coincidência'

15/09/2019 12h54

O bom apreciador de futebol, além dos torcedores envolvidos, estava ansioso para o embate entre Flamengo e Santos, ou Jorge Jesus x Jorge Sampaoli, que estão na linha de frente pela disputa do Campeonato Brasileiro e no centro do debate sobre o protagonismo e métodos dos treinadores estrangeiros no país.

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O Flamengo venceu por 1 a 0, com um gol memorável de Gabigol, e, como destacado por Rafinha, disparou na liderança e fechou um turno com 100% de aproveitamento como mandante graças a um detalhe decisivo e de "gênio". Mas o time de Jesus, se não foi dominante, esteve longe de passar sufoco.

- O técnico do Santos tentou fazer variações táticas durante o jogo. Colocou jogadores com características ofensivas. Para mim foi mais fácil porque estava na frente. Conseguimos não sofrer gol. Ficamos mais perto do segundo do que sofrer o segundo - disse Jorge Jesus, em entrevista coletiva, que respondeu a respeito do sucesso dele e do xará argentino:

- Coincidência (dois técnicos estrangeiros nas primeiras posições). Sampaoli é conceituado. Se fosse outro técnico brasileiro no Flamengo, faria mesma coisa.

O Flamengo de Jorge Jesus teve menos a posse de bola em relação ao Santos de Jorge Sampaoli (48% a 52%), mas soube se adaptar para se ajustar na marcação, fazer os encaixes e anular os contragolpes velozes dos visitantes.

E o melhor: das sete finalizações do Santos (sendo a maioria, duas, do ala Victor Ferraz), nenhuma foi na direção do alvo. Assim, dá para dizer que a maior contribuição de Diego Alves foi a instrução a Gabigol acerca do costumeiro posicionamento adiantado de Éverson, encobrido por Gabigol no lance capital.

Se é "coincidência" ou não o fato de ser estrangeiro e fazer sucesso pelas ideias, Jorge Jesus, agora, comandará o Fla contra o cambaleante Cruzeiro de Rogério Ceni, no próximo sábado, pela 20ª rodada do Brasileiro, no Mineirão.