Com jejum de vitória, Santos tem final de ano melancólico
Restam dois jogos para o Santos tentar amenizar a frustração de seu torcedor na temporada. Em um ano cheio de polêmicas, confusões políticas e decepções, a reta final de 2018 está pura melancolia para o Peixe. Abatido mental e fisicamente, o elenco santista caiu bruscamente de produção nas últimas cinco rodadas do Campeonato Brasileiro. Rendendo, assim, um jejum de vitória devastador para o torcedor, há pouco ainda confiante em uma vaga à Libertadores de 2019.
Os problemas entre o técnico Cuca e o presidente José Carlos Peres, antes contornados ou colocados para debaixo do tapete, pouco a pouco, se tornaram insustentáveis, a ponto do treinador - praticamente - sacramentar sua saída do clube em 2019 sem nenhum tipo de disfarce quanto à irritação com o dirigente - durante a semana, em entrevista à Bandsports, Peres relevou, aparentemente sem consultá-lo, o problema de saúde do comandante.
Para entender a decaída alvinegra na reta final, basta imaginar um carrinho de montanha-russa atingido seu ápice de altura nos trilhos e despencando abruptamente, sem aviso prévio. Quando tudo parecia se encaminhar para uma entrada no G6, uma derrota em casa, contra a Chapecoense, jogou um balde de água fria nos planos alvinegros.
Erros de passe, erros de finalização, erros na defesa e no posicionamento... O irreconhecível Santos das últimas rodadas é fruto de todos os problemas carregados durante 2018. Processos de impeachment contra o presidente, crise na diretoria, uma conturbada eliminação na Libertadores, com polêmica envolvendo a Conmebol, queda na Copa do Brasil, troca de técnico... Não foram poucos os obstáculos no caminho alvinegro.
Com a obrigação moral de terminar o ano de cabeça erguida, o Santos precisa urgentemente pensar na próxima temporada, quando perderá não só seu técnico, mas também seu artilheiro, Gabigol, cujo contrato se encerra no fim de dezembro e não será renovado pela Inter de Milão-ITA. A esperança santista em terminar bem 2018 ruiu-se rodada a rodada. Restam dois jogos para, também pouco a pouco, começar a construir um caminho seguro para o futuro.
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