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Campello afirma que irá recorrer da decisão e que ela inviabiliza o Vasco

Paulo Fernandes/Vasco.com.br
Imagem: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

29/09/2018 01h43

Presidente interino do Vasco após decisão liminar na tarde desta sexta-feira, Alexandre Campello se pronunciou sobre a anulação da eleição do clube de noite na sede náutica, na Lagoa, Zona Sul do Rio de Janeiro. O atual mandatário afirmou que o Vasco irá recorrer da decisão, enumerou os diversos prejuízos que a decisão trás ao Cruz-Maltino, ressaltando que se a liminar for mantida, o clube ficará inviabilizado e classificando a mesma como um desastre.

"Nós entendemos que esta decisão é infeliz. Se pressupõe que uma liminar é para evitar algum prejuízo. O que essa liminar fez foi causar prejuízos ao clube. Uma eleição que aconteceu em novembro do ano passado, não existia nenhum risco iminente para o clube, e ela foi dada sem que o clube fosse ouvido. Pedimos que o clube tivesse o direito do contraditório, mas a decisão foi tomada sem nos posicionarmos. Acreditamos na Justiça, vamos trabalhar para derrubar esta liminar. Se mantida, inviabiliza o clube, entra em um colapso", afirmou Alexandre Campello, completando:

"Já tivemos um atraso para a obtenção do empréstimo por questões políticas, deveria ter acontecido há mais de um mês, agora estávamos negociando o empréstimo que se concretizaria na segunda-feira, com o dinheiro saindo até sexta, possibilitaria o clube de manter seu cronograma de pagamento. E com isto, a Globo já sinalizou que não tem segurança jurídica para manter estas garantias, o que inviabiliza a obtenção destes empréstimos", completou o atual mandatário, sendo completado por Julio Brant que se for o caso, afirmou ir junto com Campello no Grupo Globo para ajudar a reverter a situação.

Alexandre Campello seguiu se pronunciando sobre outros pontos da decisão e aproveitou para comentar sobre possíveis impactos dentro de campo, além de não confirmar se será candidato na nova eleição.

"A juíza no seu despacho coloca que a direção continua até dezembro, mas no entanto todas as suas atitudes deverão ser ratificadas ou não pela nova gestão. Com isto, quem irá investir e trabalhar com o VascO diante desta insegurança? Esta liminar foi um desastre, inviabiliza o clube, a juíza não se atentou para as consequências desta liminar. Se ela queria evitar qualquer prejuízo iminente, posso dizer que ela causou um prejuízo enorme ao clube", disse, completando:

"Neste primeiro momento, tanto jogadores quanto a comissão técnica confiam bastante na direção. Esta decisão é liminar e passível de ser derrubada. É nisso que vamos trabalhar. Independentemente de ela ser mantida ou não, a gestão continuaria até dezembro. Óbvio que isto trás uma intranquilidade, volto a dizer que este é mais um prejuízo que chega ao clube. Vamos trabalhar para derrubar esta liminar. Depois é um caso a pensar (se será candidato ou não da nova eleição), não quero pensar no futuro. Quero pensar que esta liminar é tão infeliz que tem e deve ser derrubada".

O Vasco também se pronunciou em nota oficial na noite desta sexta-feira: "O Club de Regatas Vasco da Gama respeita o Poder Judiciario, mas não concorda com a decisão da primeira instância e declara que irá recorrer ao Tribunal por confiar que os fatos e os fundamentos serão mais bem apreciados na segunda instância. Não obstante os prováveis desdobramentos na gestão do Clube que ocorrerão por conta desta decisão, a Diretoria Administrativa continuará empenhada em manter a normalidade nos trabalhos que estão sendo realizados no Clube".

A eleição do Vasco foi anulada em decisão de tutela proferida pela juíza tabelar Gloria Heloiza Lima da Silva, da 29ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Novas datas já foram marcadas pela magistrada - em dezembro deste ano, dia 8 a primeira parte, entre os sócios, em São Januário, e dia 17, entre os conselheiros, na Lagoa. Enquanto isto, de forma interina, segundo a decisão da Justiça, Alexandre Campello segue presidente. O Vasco afirmou que irá recorrer da decisão.